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terça-feira, 10 de maio de 2011

O cérebro pode nos iludir?

Uma amiga me mandou um assunto muito interessante vou tentar resumir.

Apesar do cérebro ser um órgão fantástico, capaz de muitos prodígios, muita gente pode não saber que ele em alguns aspectos pode falhar, não permitindo que tenhamos a percepção exata do que esta ocorrendo, deixando pequenos erros e percepção, que muitas vezes poder acarretar grandes problemas.

Vejamos algumas das peças que o cérebro nos prega, para que possamos ter mais cuidado, e não sermos pegos de surpresa, e termos um comportamento mais adequado às situações:

É normal, quando você recebe determinada comunicação de outra pessoa, começar a tirar significados do que percebe, apagando (cérebro) involuntariamente uma parte desta comunicação, só recebe o que acredita ser essencial deste estimulo. Ou seja, você pode agir de forma errada por não perceber o que é importante realmente, acabando com todo o resto do processo. Se isso já aconteceu com você, a principio sabia exatamente o que estava acontecendo e depois percebeu que não tinha entendido direito.

É normal, tender a comparar as informações que se recebe com a sua estrutura pessoal de significados, que e abrangente, mas você acredita ser simples e de fácil analise. É impressionante a gente acreditar com tanta firmeza que pode julgar as coisas com a “nossa grande experiência de vida”. Nós vivemos décadas armazenando uma pequena parte das evidências que o mundo nos dá, e temos segundos pra dizer a nós mesmos que comparamos com segurança o que percebemos com todas essas décadas. Talvez um dia você tenha dito pra alguém algo do tipo “nunca me machucaram assim antes”… E depois se arrependeu de ter dito, porque lembrou de até ter machucado essa pessoa com a mesma intensidade antes.

Também acontece muito de começarmos a inventar os motivos pelos quais as pessoas agem do jeito que elas agem conosco.Mesmo sem às vezes nunca ter prova do que inventamos, nós nos comportamos como se essas coisas fossem verdades completas. Você já viveu uma situação em que você tinha certeza de que alguém tivesse feito algo… E você, antes de ter certeza disso, esqueceu de lembrar que na verdade nem sequer estava presente para ver… E depois descobriu que essa pessoa estava fazendo o exato oposto do que você acreditava que ela tivesse feito?

Temos uma mania muito grande de acharmos que estamos sempre do “lado do bem”. As ilusões que produzimos anteriormente contribuem muito para essa última ilusão. Por termos tanta certeza nas mentiras de que: sabemos tudo que acontece, conseguimos julgar tudo baseando-nos em toda nossa experiência, sabemos em absoluto como as pessoas são por dentro.
Com tantas ilusões vividas, nós simplesmente criamos a incrível capacidade de olhar tudo o que reprovamos e dizer: “isto é ruim” ou “isto é errado”. Nem sempre o é!

Você já se viu olhando uma situação com alguém que você sempre amou e valorizou muito e começou a dizer a si mesmo coisas que te fizeram passar a detestar essa pessoa de uma hora pra outra? Por mais incrível que isso possa parecer. Também é bastante normal.
Como muitos fenômenos dos nossos relacionamentos (com o mundo, ou com nós mesmos), o fato de ser normal e corriqueiro não os faz serem saudáveis. Muito pelo contrário.

Precisamos encontrar formas progressivamente superiores de estar em harmonia com nossos pares. Somente uma atitude de humildade e reconhecimento da possibilidade de autoengano pode nos trazer a paz duradoura que merecemos como seres humanos.

O que fazer, se nós estamos na maior parte das vezes investidos e “cegos” a esses processos que acontecem dentro da nossa própria mente? Como a gente pode evitá-los? Vivemos uma vida inteira com histórias muitas vezes inventadas completamente do nada. Como expulsar esses fantasmas? Um dos segredos que vai te dar segurança para evitar essas mentiras e ilusões é temperar tudo com um pouco de dúvida. Ter certeza absoluta de como as coisas são não resolve nada. Na verdade, a certeza absoluta é um elemento completamente irrelevante na resolução de um conflito de relacionamento. Ela pode ser boa pra sua autoafirmação, ou pras ciências matemáticas, mas raramente vai ser suficiente para recuperar a confiança de outra pessoa.

Não confunda pessoas com computadores. Se fôssemos tão exatos, não precisaríamos tê-los inventado. Pessoas precisam menos de certeza, e muito mais de perdão. Eu, você, seu próximo… O mundo inteiro.

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