Total de visualizações de página

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Sexo e poder

Estava lendo outro dia na internet, acabei ate concordando: vivemos relações comerciais até em relação a nossos sentimentos! Chegamos a tal ponto de consumismo que ate algo tão pessoal, esta sendo utilizado como instrumento de troca, sim, muitas vezes e muito lucrativo, mascarar o que sentimos ou então distorcer a verdade para se alcançar algum lucro, seja monetário, sentimental ou sexual.

Vivemos num mundo que valoriza mais relações momentâneas e rápidas, e sem comprometimento, sem afeto, medo de errar ou sofrer, a relações construídas com base em compartilhamento de afeto e troca de experiências, trocamos tudo por desejos e experiências rápidas onde geralmente no dia seguinte alguém estará mal.

Existem duas ilusões bastante diferenciadas em nossa cultura: uma relacionada com dinheiro e a outra com o sexo. A ilusão de que o dinheiro é onipotente, que ele pode solucionar todos os problemas e trazer ao seu detentor toda a alegria e felicidade, é responsável pelo culto ao dinheiro. De maneira similar, o culto ao sexo provém de uma crença na onipotência do sexo. No entendimento daqueles que partilham destas ilusões, o encanto sexual, assim como o dinheiro, é um poder que pode ser usado para abrir a porta do céu. Para muita gente, dinheiro e sexo tornaram-se as divindades supremas.

Percebemos que ambas as ilusões, a do dinheiro e a do sexo como instrumento de busca de poder, levam as pessoas a tomar a aparência como se fosse o conteúdo, o que causa um conflito de valores representado pelo ego e o corpo: O ego pensa em realização e o corpo em prazer. O ego funciona com imagens, o corpo funciona com sentimentos. Sob essa ótica, a resolução deste conflito só acontece quando alguém consegue fazer coincidir imagem e sentimento, ou diluir o ego em função do sentimento, o que provavelmente lhe proporcionará uma vida emocional equilibrada e saudável. O contrário disso, ou seja, quando o sentimento é subordinado ou reprimido em favor da imagem do ego, da ilusão, a consequência é uma existência permeada de frustrações, desequilíbrios, e desconfortos emocionais com resultados imprevisíveis.

Por trás de toda ilusão há um desejo de liberdade e amor. O indivíduo desesperado luta por liberdade e amor por meio da ilusão. Na sua mente, o poder é a chave da liberdade e do amor. A questão que se apresenta a seguir então é: Como superar esta ilusão de poder, agregadas ao dinheiro e ao sexo? A princípio, poder-se-ia dizer que tanto o sentimento de liberdade como do amor precisam ser vivenciados corporalmente; há que se sentir para poder ter a dimensão desses sentimentos e desbloquear os caminhos para eles cresçam com naturalidade e sejam reais, uma vez que muitos, movidos pelas mais diferentes razões, por estarem nutrindo-se emocionalmente de ilusões podem estar fadados a viver continuamente inseguros em relação ao que é fundamental ao seu bem viver ou ficar preso entre a realidade e a ilusão, o que não é nada agradável, para quem almeja uma vida plena de satisfações duradouras e reais.

Isto não significa, porém, que o dinheiro, o sexo e o poder sejam maléficos por natureza. O que determina seus efeitos são os princípios e o caráter de quem deles dispõe.

O mundo fascina

É triste observar como as pessoas jogam suas vidas fora muitas vezes, o fascínio pelo mundo é tamanho que ofusca qualquer tentativa de fazer com que se torne útil não para os outros, mas para si próprio.

As pessoas se submeterem às mais degradantes ou ridículas situações só para manter ou atingir determinado status ou viver sua vida voltada muitas vezes para situações que o levam a obter certas satisfação ilusórias e hedonistas, pois no fundo tentam compensar falhas pessoais substituindo-as por comportamentos que objetivamente não chegam a trazer nada de bom futuramente. Vive-se o hoje sem preocupação com possíveis problemas futuros, nem objetivos que possam evitar conflitos em outra etapa, vive-se o vazio, no vazio para o vazio!

Acabo pensando nos ditos vencedores e poderosos, será que são aqueles que se deram bem na vida? Bem se olharmos a partir dos modelos apresentados pela sociedade seria isso! Mas será isso mesmo? Então porque vemos tantos problemas entre os chamados vencedores, poderoso, ricos, etc.? Tantas atitudes que mostram que querem fugir da realidade, na verdade estão no topo da insanidade humana! Submetem a jornadas desumanas para poder manter a riqueza pessoal e o sucesso. E o que inicialmente seria algo prazeroso passa a ser um martírio e, assim, todos são levados ao limite do seu potencial por um objetivo ilusório e que, no fim, os torna escravos de seus próprios desejos, deixando de lado, por conseguinte, a razão de ser de seu esforço: viver a vida. E quando tentam vive-la, levam seu conceitos mesquinhos ou sua arrogância, tentando manter-se acima dos padrões normais, como forma de não perceber o vazio de suas vidas.

Por isso não devemos cair na armadilha de nosso ego e não transformar algo prazeroso, com propósito e objetivo definido em uma busca insana por objetivos fúteis e muitas vezes pueris, nem sempre a busca do máximo divertimento ou prazer nos permite uma tranqüilidade na vida, mesmo que todo o mundo esteja a nossa disposição e nos atendendo, uma hora perceberemos o quanto estamos sozinhos, nesta multidão.

Não que vamos nos contentar com a mediocridade, mas tenhamos pelo menos objetivos claros ou uma ética na vida, porque mesmo com todo poder e dinheiro nem sempre poderemos conseguir aquilo que queremos, podemos no máximo muitas vezes comprar algo que esteja a venda e mas tarde trocar por algo mais novo, só que gratidão, ética ,moral e consciência,não se encontram em lojas.