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sábado, 14 de janeiro de 2012

Não sou de meios termos

“Eu sou um ser totalmente passional. Sou movida pela emoção, pela paixão. Tenho meus desatinos. Detesto coisas mais ou menos, não sei amar mais ou menos, não me entrego de forma mais ou menos. Se você procura alguém coerente, sensata, politicamente correta, racional, cheia de moralismo… Equeça-me! Se você sabe conviver com pessoas intempestivas, emotivas, vulneráveis, amáveis, que explodem na emoção: acolha-me.
Clarice Lispector

Exagerado!
Eu sou mesmo exagerado!
Esse sou eu.
Não sou uma pessoa de meios-termos. Ou amo, ou odeio.
Minha personalidade geralmente bem passional me leva sempre mergulhar de corpo e alma em quase tudo.
E tenho a plena convicção de que pessoas movidas por sentimentos sofrem muito mais do que as outras. Porque o que te alimenta as vezes te destrói, quem se alimenta de sentimento, quem ama verdadeiramente, quem se expõe demais, quem é sincero e dá a cara a tapa, corre o risco de levar um outro de volta. E muitas vezes leva. Mas e daí? Ser autêntico tem um preço.
O problema é que, os passionais por natureza antes mesmo de a mão atingir seu rosto, já perdoam àqueles que o agrediram. São bobões, amam incondionalmente na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza e na coerência e discordância. Porque aceitar as pessoas como são também é coisa de gente piegas que é movido por aquela coisinha implicante que não nos deixa em paz: o AMOR.
Amar é realmente um sentimento FDP não? Porque mesmo quando você acredita no seu ponto de vista, ele, não deixa o orgulho ser suficientemente maior que a convicção. O amor realmente transforma. Isso para quem ama, é claro. Resumindo, o amor é bundão. Mas ter razão não significa ter certeza.
Outra coisa que aprendi é que apesar de detestar conflitos, eles revelam lugares antes desconhecidos. Mostram o amor que as pessoas sentem (ou não) umas pelas outras e nas horas mais conflitantes é que enxergamos com clareza o quanto somos amados, o quanto pesa um relacionamento para um e para outro e descobrimos que a balança nem sempre está na mesma altura. Nos momentos de explosão é que descobrimos nosso valor. Mas dói demais quando descobrimos que nem sempre temos a reciprocidade das pessoas próximas a nos. Enfim, é um risco que corremos.
Mesmo assim, não deixarei em nenhum momento nessa nossa curta estadia aqui, de amar incondicionalmente e passionalmente as pessoas que estão próximas a mim, e com certeza exageradamente e que querendo protege-las de tudo. Mesmo sabendo que não terei o sentimento devolvido da mesma forma, na maioria das vezes, não vou corromper meus sentimentos. Quando a gente ama, não deixa de amar. Se um dia deixar de amar, é porque nunca amou.