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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Nossa história pessoal

A história é importante. Tanto a historia das civilizações como a nossa própria historia pessoal. George Orwell escreveu: "Quem controla o passado controla o futuro." Nossa visão do passado afeta como respondemos em nossas atuais circunstâncias. Se a nossa visão do passado for errada, provavelmente faremos escolhas erradas hoje. Estes escolhas erradas causarão mais conflitos e grandes problemas no futuro.
Fazer escolhas é doloroso. Temos medo de errar, temos receio de sofrer, temos medo de escolher o ruim e desprezar o bom. Escolher, em suma, é um misto de arte, dor, superação e aprendizado. Para isso e importante se ter consciência do seu passado e se livrar dos grilhões muitas vezes impostos por problemas durante seu processo de crescimento, que muitas vezes por anos tentamos não perceber, porem enfrentar todos estes acontecimentos dolorosos é de grande importância para o nosso crescimento, só conseguimos superar aquilo que entendemos e deixamos fazer parte de nosso passado como uma simples experiência de vida, mas não como algo ainda presente atrapalhando nosso futuro.
Mas o tempo, embora leve tudo como numa enxurrada, tem suas vantagens, ajuda a suavizar dores, aquelas bordoadas da vida que, hoje a gente entende, são necessárias, para sermos mais tolerantes, não tem como não levar, não tem como fugir: Pais, amigos, conhecidos, que partem pra outros lugares e até para o infinito, ou como dizem, foram pro andar de cima. Coisas ou pedaços que vamos deixando pelo caminho, perdas, derrotas, que bate duro, e quando, sem querer, lembramos, mesmo voltando a vivê-los, são mais amenos, passaram, é o ontem.
Não há como se perder tempo com bobagens. O mundo está acelerado demais pra isso, com muitas coisas legais ao nosso alcance, como a tecnologia, por exemplo, impensável até pouco tempo atrás, por isso há que se pensar melhor e apressar o passo e a mente, deixar pra trás o que não tem mais jeito e tentar ser mais feliz hoje. Aproveitar o tempo da melhor maneira possível, pois tudo passa muito rápido, como num piscar de olhos, então que sejam rastros e pedaços só de coisas boas, só do que valeu a pena.

Rejeição e medo

A rejeição é bastante poderosa. Deixamos de fazer muitas coisas pelo simples medo de ser rejeitado, até por pessoas que não têm nenhuma ligação emocional conosco. Isso você pode ver no dia-a-dia. Pessoas que têm dificuldades de pedir informação, de chamar alguém pra dançar, de vender algo. Racionalmente, não seria nada de mais, o pior que pode ocorrer é se ouvir um não. Mas emocionalmente não é tão simples.
A rejeição costuma deixar marcas na auto-estima. Ainda mais quando a pessoa é rejeitada na infância. Nesse caso, as marcas podem ser bastante profundas e influenciar o comportamento pelo resto da vida, caso a pessoa não perceba e nem trate o sentimento.
Na vida adulta, a rejeição ocorre também de outras maneiras: casamentos desfeitos, namoros rompidos unilateralmente, perda de emprego ou cargo, humilhações e tratamentos diferenciados no trabalho, amizades desfeitas...
Mas porque é que dói tanto ser rejeitado? O que acontece quando alguém é rejeitado, ou se sente rejeitado por alguma atitude de uma terceira pessoa, é o surgimento de um sentimento de menos valia. A pessoa rejeitada, no fundo, acaba sentindo que tem algo de errado em si mesma.
Esse sentimento da pessoa rejeitada de que parece que tem algo de errado com ela, na maioria das vezes não é bem percebido. Essa é a causa maior da dor: achar que e a rejeição ocorreu por que há um "defeito" na pessoa e isso que a levou a ser descartada, desprezada, abandonada, rejeitada. A pessoa busca a explicação, não encontra, e, inconscientemente, é levado sentir que tem algo de errado nela que levou a outra pessoa a rejeitá-la. A pessoa fica se perguntando o porque daquilo, não entende, e, no final das contas, fica implícito: "tem algo de errado comigo, não sou bom o suficiente".
Imagine carregar esse sentimento desde a infância: "eu não tenho valor, tem algo de errado comigo, eu devo merecer isso mesmo..." Isso vai gerar outros sentimentos como a culpa por exemplo. Se sentir culpado por não ser uma pessoa boa o suficiente, por não corresponder as expectativas da vida.
Gera também uma necessidade constante de aprovação. A pessoa se esforça, tenta agradar, continua sem o reconhecimento, tenta novamente agradar, e vira um circulo vicioso: tentar agradar a todo custo, não ser reconhecido, se sentir rejeitado por isso, e novamente agradar. Vira uma busca eterna pela aprovação.
Outra conseqüência da rejeição é a raiva e a mágoa. Como a atitude de rejeição faz a pessoa se sentir menos, e isso é bastante doloroso, é natural se defender ficando com raiva do outro ou de si próprio.
Não somos menores que ninguém, somos o que somos: únicos, amados e capazes de amar. Somos seres de superação, seres que têm um imenso céu para brilhar, e que, em virtude disso, não precisamos apagar estrela alguma para que nossa luz se faça real. Somos cada qual, com suas belezas e ausências, um universo onde a felicidade é sempre uma possibilidade real.
Na medida em que formos assumindo nossa verdade e encarando de "cabeça erguida" nossa história e aquilo que somos, mais conseguiremos conquistar o território que somos nós, sem nos compararmos nem nos julgarmos inferiores a ninguém.