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domingo, 3 de abril de 2011

Prazer e Felicidade

Na sociedade atual marcada pela tirania do prazer, fácil muitas vezes, mesmo quando prazer, amor e sexo são pensados juntos, é possível imaginá-lo e vivê-lo como bem principal e adequado a natureza humana, por que é o que faz do ser humano, como ser sociável, viver em comunhão com o outro pelo simples sentido de completarem-se mutuamente.

Vida, prazer, sabedoria, enfim: felicidade.  Cabe ainda hoje repensar no prazer como modo tranqüilo de viver, sem ligá-lo ao comodismo, mas ao desapego daquilo que não será útil.

Se torna interessante também, a reavaliação das atividades, fazê-las por prazer e não por obrigação, em qualquer área, reconhecer que o papel desenvolvido por cada um, deve satisfazer a si mesmo e ajudar satisfazer os demais.
Não podemos esquecer, apesar de tudo, que a amizade, ternura e amor não podem ser vividos de maneira autêntica sem que a inteligência exerça ai o seu papel, o qual é ainda mais necessário, porque o predomínio do princípio da realidade sobre o do prazer é obra da inteligência.


Em tudo isso a sabedoria é o princípio e o maior dos bens. Por isso, ela é até mais preciosa que a própria filosofia, pois ela é bem fonte das outras virtudes visto que nos ensina não podermos ser felizes sem ser sábios, honestos e justos, e que não existe sabedoria, honestidade e justiça sem felicidade. 

Por fim, a felicidade como conseqüência de uma vida prazerosa é resultado de um processo de sabedoria desenvolvido dia após dia, onde homem e meio sabem se interagir sem que ninguém perca nada de sua essência natural. A vida tranqüila contigo e com os outros será o melhor reflexo da felicidade que se conseguiu alcançar, fruto da sua capacidade de amar e viver prazerosamente bem.
Você verá que é mesmo assim
Que a história não tem fim
Continua sempre que você responde sim a sua imaginação
A arte de sorrir cada vez que o mundo diz não
E eu desejo amar a todos que eu cruzar, pelo meu caminho


De fato, o prazer, princípio e fim da vida feliz, será realidade em cada um quando todos se comprometerem com sua realização, quando a humanidade sorrir mais, se sentir mais responsável pela construção do mundo e buscar viver sempre mais tranqüilamente. Com tudo isso, sim, felicidade haverá.

 De tudo, ficam alguns questionamentos: O que fez a sociedade erotizar tanto o sentido do prazer? Por que o homem às vezes não é capaz de dominar seu instinto, levando-o a atos impensados e inconseqüentes, que prejudicarão a sua vida? 

 Por último, entender que cada momento é importante na construção de cada um, é fator primordial na constante busca da felicidade que impulsiona o homem a viver. No mundo em que se preza o materialismo, se faz urgente a necessidade de viver mais tranqüilamente, preocupando-se menos e amando mais.

Só Fernando Pessoa

"De sonhar ninguém se cansa, porque sonhar é esquecer, e esquecer não pesa e é um sono sem sonhos em que estamos despertos.

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

Nunca amamos ninguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém. É a um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos. Isso é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma ideia nossa.

Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso."