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sábado, 30 de julho de 2011

Superação!

Uma fórmula mágica para desembaraçar-me dos meus deságios, um espelho que minta para mim, um repente que torne mais colorida cada manhã que surge cinza no horizonte. Uma ideia genial que me tire da minha adolescência mental. Procuro algo que devolva os meus sonhos ou me dê novos, a apatia dos anos tirou-me certo brilho. Gostaria de encantar-me novamente com canções, mesmo que falassem de eguinhas e apês Sonhar sonhos que não sejam impossíveis, mísseis certeiros, violões e línguas que não soube aprender. A solidão cercada de gente à procura da cura pro seu mal. Pessoas recolhendo o seu próprio lixo, dando bom dia a outros sem razão, olhos se encontrando, crianças aprendendo, ajuda a quem precisa se tornando real. Procuro ainda diminuir a distância entre os vizinhos e a minha indiferença. Procuro mais me parecer com as crianças, menos críticas e interesseiras, bem alegres, exceto as contaminadas com atitudes egoístas dos adultos, mas que a maioria estão mergulhada na candura e no mistério do que sempre fomos em essência.
Nesse momento eu procuro discernimento, força, alento, sabedoria, paz...
Ser muito intenso tem lá suas vantagens, é inegável, mas eis que a vida clama que eu finque meus dois pés alados no chão...
Procuro aprender a nadar no raso quando o que eu mais gosto é pular do trampolim, mergulhar lá no fundo, no silêncio das águas profundas e apreciar sorrindo as bolinhas que saem da minha respiração...
O que procuro é conseguir respirar por inteiro, o que procuro é um coração no compasso certo, batidas regulares, sem grandes sobressaltos...
Eu juro que procuro, mas pra mim, está difícil... Como aparar essas asas dos meus pés?
Nesse momento me encontro em plena letargia (ou covardia). E quando fico parado, olhando pra dentro de mim mesmo, aguardando o melhor momento de apertar a tecla start...
Inevitável que seja assim. Quando tenho uma ferida, sempre preciso de um tempo pra me refazer.
Mas não estou triste. Estou apenas em stand by. Reclamar do que?

Vida breve?

Quem disse que a vida é breve? Breve são os nossos sonhos. Breves e limitados! Achamos que a vida se resume a nascer, crescer, reproduzir e morrer. E, nossos sonhos, onde ficam? Há quem diga que aqueles que vivem suas vidas intensamente são seres delirantes; sem perspectivas de vida! Será que viver é trabalhar para que um dia na velhice possas se aposentar? Do que adianta os estudos, anos e anos de dedicação ao acumulo de conhecimentos se não conseguimos aprender a viver, a conviver?
Nada é mais sagrado do que viver. Será que estamos vivendo? Quanto tempo dedicamos a nos conhecer? Quanto tempo temos para saborear a vida? Será que temos alguns segundos para contemplar o mundo a nossa volta? Mal nascemos e já queremos fazer parte do mundo; melhor, de um mundo sem tempo! Crescemos sonhando com o futuro. Quer-se temos a oportunidade de ser criança. Temos que crescer! Crescer para conquistar o mundo; mundo este feito de bens materiais.
Queremos dinheiro, status, amigos, uma vida estável. Será que tudo isto vale a pena? Será que somos felizes com o que temos? Carro, dinheiro, amigos, emprego. E, a nossa felicidade, onde se encontra nesta lista? Para alguns ter dinheiro e desfrutar dele é conquistar a felicidade. Então, me digas como um morador de rua pode ser feliz sem o nada? Será que a vida dele é infeliz? Parece estranho, mas quanto mais queremos fazer parte do mundo; menos este mundo nos pertence! Queremos agarrá-lo, prendê-lo entre nossas mãos; porém, é em vão, não podemos ter o mundo. Temos que nos contentar as migalhas de um mundo.
Existem pessoas com o nada conseguem ter um sorriso no rosto; já outros, com o tudo, não conseguem ser felizes. Então, qual a receita da felicidade? Será que existe mesmo? Ora! Não existe segredo: basta viver! Não há nada mais feliz do que podermos viver de acordo com nossos sonhos, desejos e projetos. Nada mais angustiante do que vivermos em função dos outros. Ter que dar satisfação a sociedade é sem dúvida o pior cativeiro que nós somos condenados a conviver.
Muitos de nós deixamos de viver as nossas vidas para viver a vida que os outros sonham e desejam para nós. Será que estas vidas que os outros planejam para nós é a que sonhamos ter? Não! Entretanto, não é fácil libertar-se das amarras que o mundo nos prende. Contudo, não podemos baixar a cabeça e achar que tudo está perdido. Podemos nos libertar e viver os nossos sonhos, as nossas vidas. É um desafio! Infelizmente, são poucas pessoas que se dedicam a seguir suas vidas de acordo com seus princípios e vontade. Quando estas pessoas conseguem viver suas vidas; o mundo se revolta contra elas. Claro! Temos que seguir os costume e regras que somos, educadamente, obrigados a seguir.
Dizem que na vida tudo tem seu preço. Do que adianta pagar um preço alto e não sermos felizes? Correr riscos é uma das missões que desde quando nascemos somos lançados a percorrer. E, por que não sermos felizes? Se a vida é breve por que não vivê-la? Já dizia Cazuza: “Vida louca vida. Vida breve! Já que eu não posso te levar, quero que você me leve! Vida louca vida. Vida imensa! Ninguém vai nos perdoar, nosso crime não compensa!”. 

Sentido da vida!

“Dizem que o que procuramos é um sentido para a vida. Penso que o que procuramos são experiências que nos façam sentir que estamos vivos.” ( J.Campbell)

Para uns, a jornada é curta e agradável. Para outros, a jornada é acidentada, e em alguns momentos, dá vontade de desistir. Mas ao contrário do que você pensa, é nesses momentos que algo muito maior está acontecendo

Estamos aqui para aprender, não para sofrer. Abandone o passado. Desbloqueie sua paralisia afetiva. À medida que ganhamos experiências, um pouco mais nos é revelado. Abra-se!

Ninguém é igual a ninguém e ninguém é perfeito. A vida vai dando coisas com que você consegue lidar, conforme você vai aprendendo a lidar com elas. É assim que a vida funciona.

Avançamos no caminho espiritual através dos relacionamentos. Deepak Chopra escreveu: “Seja qual for o relacionamento que você atraiu para dentro de sua vida, numa determinada época, ele foi aquilo de que você precisava naquele momento”.

Repare: Nada é por acaso. Nós nos colocamos em uma espécie de “trilha”, que sempre esteve aí, o tempo todo, à sua espera. Você elegeu seu destino. A vida que você tem que viver é essa mesma.

Por isso, onde quer que você se encontre, é exatamente onde precisa estar, neste momento.

Quando você estiver pronto para fazer uma coisa nova, de maneira nova, você fará. Há sempre alguém à espera da pessoa na qual você está se transformando.

A cada momento, cada um de nós está passando pelo processo de Ser e de se Tornar. E ainda há muito a aprender sobre tudo

SEJA FELIZ SEMPRE!!!

sábado, 23 de julho de 2011

As vezes melhor ficar quieto

Sabe aquela historia que não queremos que as pessoas que gostarmos se machuquem, que sofram. Infelizmente nem sempre isso é possível.
Algumas vezes sim, iremos sofrer um pouco para poder aprender alguma coisa, não da para proteger todos de tudo na vida, por mais que tentemos, e enfim, às vezes um pouquinho de sofrimento ajuda a crescer.
O difícil ver muitas coisas e não tentar se meter não tentar dar conselhos, não se intrometer tentar impedir que peguem certos caminhos o façam certas coisas.
Mas com o tempo se percebe que nada melhor que a própria experiência para se aprender como agir na vida, o que fazer ou não fazer e por onde seguir.
Por melhores intensões que tenhamos não podemos viver a vida do outro mesmo tendo passado pelos mesmos problemas, tido as mesmas decepções ou sofrimentos.
Cada um deve aprender a reagir e superar suas dificuldades.
Podemos sim ser aquele que vai estar lá para apoiar e levar a frente ajudando a superar as tristezas e desventuras.
Mas cada um sabe o tamanho de seu sofrimento, por menor que pareça às vezes é imenso, podemos tentar ajudar a carregar não vive-lo no lugar do outro.

terça-feira, 12 de julho de 2011

AFTER A WHILE - Veronica Shoffstall

 Depois de algum tempo você percebe a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo, você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceita que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreende que os amigos mudam.
Percebe que seu amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários, você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não te ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar... Que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.

domingo, 3 de julho de 2011

Tempo, tempo , tempo

O que é o passar dos anos senão acumulo de experiências, isso que torna a vida mais interessante se soubermos compreender que nem sempre tudo pode ser maravilhoso e perfeito. A cada ano completamos um novo ciclo em nossas vidas, temos que entender que este período, medida do tempo, que foi criado pelo homem nem sempre corresponde aquilo que temos em mente ou vivemos. O tempo humano cronologicamente é perfeito, porem nem sempre estará de acordo com aquilo que vivemos e sentimos, tentamos por ordem no caos e no tempo, porem este nem sempre segue nossas regras, algumas vezes nosso tempo pessoal, estará totalmente em desacordo com estas regras, não se pode controlar, apesar de tentarmos.

Então porque contar nosso tempo de vida? Necessidade de controlar aquilo que nem sempre se controla? Vivemos o tempo que for possível, certeza somente temos que aqui chegamos e um dia não mais estaremos isso e o principal para se puder viver sem medo do tempo.

A medida do tempo nós controlamos, sabemos tudo sobre ele, porem pessoalmente não pode prever quanto deste tempo teremos, só devemos ter a consciência de que não devemos desperdiça-lo pois ele é muito importante, não o tempo em si, mas o bom uso que fazemos dele.

Temos que compreender que apesar de mudarmos muita coisa no mundo, não podemos parar, nem retroceder o tempo, nossos erros e acertos é que nos mostram o caminho a seguir. E na verdade para que tentar controlar o que não pode ser controlado, podemos apenas seguir em busca daquilo que achamos ser o melhor, viver sem medo de errar, pois sem medo de errar conseguimos mudar nossos caminhos nos momentos difíceis, e iludir o tempo.

Assim todos seguimos, anos após anos , crescendo, vivendo, aprendendo e ensinando, amando e odiando, somos seres dúbios, e porque ser diferente, só não devemos perder a consciência de que daremos a direção que queremos  a nossa vida quando resolvemos assumir os riscos dessas escolhas.

Melhor viver com a certeza de ter feito aquilo que de melhor podíamos fazer, do que permanecer na duvida do que devíamos ter feito.

Não tenham medo do erro, nem de fazer mesmo com medo, na maioria das vezes temos a consciência do melhor a ser feito, ajuda sim precisamos para decidir, mas esta decisão devera ser nossa.

Para uma pessoa que vai fazer aniversário

Aniversário - Fernando Pessoa

No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.

No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!

O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas
lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!

Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais       copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado —,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...

Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...