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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Amor ou paixão?

Amor e paixão são sentimentos diferentes se definirmos amor como um interesse sincero por uma outra pessoa e paixão como um forte desejo que pretendemos satisfazer.
O amor autêntico dirige-se à outra pessoa. Se necessário, estamos disponíveis a sacrificar o nosso bem estar para fazer com que o outro seja mais feliz. Enquanto que a paixão pode ser simplesmente uma satisfação egoísta. Portanto se o que uma pessoa sente é paixão, não deve esperar amor em contrapartida.
Quem já mergulhou de cabeça no amor? Quem já teve aquela sensação de se diluir e de se perder no outro, como se estivesse completo? Acredito que muitos de nós. Mas, será que o que sentimos era realmente amor?
Na realidade, o que vivemos foi o encantamento da paixão. Nessa fase do relacionamento, se experimenta um estado de magia que se alimenta do desejo e da atração, mas que cega a ambos. O parceiro não está realmente visível para o outro. Não há questionamentos e tudo ilusoriamente se encaixa.
É sentimento muito especial. Contraditório, eterno enquanto dure porem forte e frágil ao mesmo tempo. A paixão simplesmente acontece! E nos deixa vulneráveis e indefesos. Os cientistas a descrevem como uma descarga bioquímica que transporta no interior de nosso ser um misto de adrenalina e outras substâncias, que produzem uma confusão inebriante e nos deixa embriagados de amor.
Os aspectos negativos aparecem quando, ao findar da mágica, só resta a sensação de um sentimento que não se renova, no momento que temos a exata medida do resultado zero e da verdade do amor cego, que era muito bonito, mas que, quando se torna real, não consegue vislumbrar nenhum atrativo.
A recuperação muitas vezes, é uma das mais perversas e pode necessitar até de acompanhamento psicológico para salvar o que ficou.
O amor se transforma e precisa de cuidados para que o sentimento seja sempre resgatado e possa manter o relacionamento como uma síntese de desejo e afeição.
A paixão, ao contrário do amor, dura intensamente por um tempo muito curto e a estabilização no amor acontece na medida em que os amantes passam a ter uma visão real da verdade do outro.
A maturidade do envolvimento afetivo consegue suportar a frustração de não conseguir ver no outro aquela perfeição ambulante.
A dificuldade a ser superada se dá quando este sentimento não consegue se reorganizar e o ajuste de um novo relacionamento terá que contar com a realidade mascarada.
Todos nós queremos viver um grande amor e com uma paixão ainda melhor, nem que seja uma única vez.
Valiosos os relacionamentos que, de uma grande paixão, vão caminhando, lentamente se solidificando, sem a dimensão conquista e nem sentimento furacão, mas sólidos e intensos, que como diluindo a paixão a tornam eterna.
O amor ao parceiro permitirá o Amor à Vida, onde um não precisa do outro para viver, mas escolhe ficar com o outro, reconhecendo sua individualidade.
Nesse momento, fruto de um processo de amadurecimento, aprende-se a distinguir entre amor e dependência, amor e obsessão, amor e sexualidade, e por fim entre amor e paixão.