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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ser coerente!


A coerência é a virtude dos imbecis.” (Oscar Wilde)

O que é ser coerente, para mim é ser autêntico, é ser sincero no pensar, sentir e agir.
Por isso não procure ser coerente o tempo todo.  Por muitas vezes em sua vida ira mudar  seu modo de pensar , sentir ou agir. E isso não quer dizer que não esta sendo coerente e sincero, somente reavaliando a situação, o mais importante de tudo: seja coerente com você e com o que você pensa.

Ser coerente não é usar sempre a gravata combinando com a meia, nem ter amanhã, as mesmas opiniões que tinha hoje, e o movimento do mundo onde fica? Este mesmo movimento mais o seu crescimento pessoal, ira fazer com que muitas vezes durante sua vida reavalie situações e mude de opinião, nada de errado em agir assim. Claro desde que você não prejudique ninguém, portanto mude de opinião de vez em quando, e caia em contradição sem se envergonhar disso, você tem este direito.

Não se preocupe com o que os outros pensaram de você, porque eles vão pensar de qualquer maneira, o seu humano adora procurar ver os erros dos outros mas nunca conseguem ver os seus próprios.
A base do nosso crescimento muitas vezes está em errar e  acertar, este movimento nos leva a aprender e a procurar modificar aquilo que esta prejudicando nosso crescimento, muitas vezes só conseguimos apreender alguma coisa quando cometemos erros ou agimos de forma que não esta de acordo com o que pensamos. Algumas vezes por impulso, necessidade de aceitação, o simplesmente copiando comportamentos que até aquele momento achávamos corretos.

Muita gente boa neste mundo partilha de posições ridiculamente conflitantes com a época em que vivemos, e não as muda, mesmo percebendo que não esta agindo de forma adequada e democrática,  isto não é ser coerente, na maioria das vezes é ser arrogante e prepotente ou ate preconceituoso, quem não muda de opinião ou muitas vezes prega aquilo que ele mesmo não vive não esta sendo só incoerente, mas também não tem caráter.

Coragem para crescer

Sempre que procuramos realizar algo novo, enfrentar novos desafios, em lugares onde o desconhecido e inexplorado são nossos guias, sentimos um angustia, como diriam os existencialistas: uma angustia do nada. Viver em direção ao futuro é uma busca do desconhecido, para isso devemos ter coragem.
Uma coragem sem precedentes imediatos e que somente poucos compreendem. Coragem que não e o oposto do desespero, muitas vezes teremos que enfrentar o desespero. Já foi dito que a coragem não é a ausência do desespero, mas a capacidade de seguir em frente, apesar do desespero.
A coragem não é uma virtude nem um valor entre os valores do indivíduo, como o amor ou a fidelidade. É o alicerce que suporta e torna reais todas as outras virtudes e valores. Sem ela, o amor empalidece e se transforma em dependência. Sem a coragem, a fidelidade é mero conformismo.
A intimidade requer coragem porque o risco é inevitável. Não é possível saber, logo no início, de que forma o relacionamento nos irá afetar. Crescerá, transformando-se, em auto realização, ou nos destruirá. A única coisa certa é que, se nos entregarmos totalmente, para o bem e para o mal, não sairemos ilesos. A coragem de ser nos impulsiona, para além dos obstáculos, dos sofrimentos que a existência nos coloca.
A consciência percebida pelo ser humano, enquanto ser traz também a consciência de sua contingência (onde nada e absoluto tudo dependera do seu processo de vida), de sua finitude e, portanto, existe ai uma angústia vital que se entrelaça com a coragem. Uma consciência racional é desejável onde quer que seja, porém a mais importante questão na vida não é acessível à razão ou ciência. O homem à partida não está definido, ele é um projeto em construção, cada pessoa é aquilo em que se torna consoante àquilo que faz.

Hoje é dia de Carlos Drummond de Andrade

No resisti e resolvi colocar achei fantástico o que ele escreveu!


Definitivo

Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento,perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...

Carlos Drummond de Andrade