Sempre que procuramos realizar algo novo, enfrentar novos desafios, em lugares onde o desconhecido e inexplorado são nossos guias, sentimos um angustia, como diriam os existencialistas: uma angustia do nada. Viver em direção ao futuro é uma busca do desconhecido, para isso devemos ter coragem.
Uma coragem sem precedentes imediatos e que somente poucos compreendem. Coragem que não e o oposto do desespero, muitas vezes teremos que enfrentar o desespero. Já foi dito que a coragem não é a ausência do desespero, mas a capacidade de seguir em frente, apesar do desespero.
A coragem não é uma virtude nem um valor entre os valores do indivíduo, como o amor ou a fidelidade. É o alicerce que suporta e torna reais todas as outras virtudes e valores. Sem ela, o amor empalidece e se transforma em dependência. Sem a coragem, a fidelidade é mero conformismo.
A intimidade requer coragem porque o risco é inevitável. Não é possível saber, logo no início, de que forma o relacionamento nos irá afetar. Crescerá, transformando-se, em auto realização, ou nos destruirá. A única coisa certa é que, se nos entregarmos totalmente, para o bem e para o mal, não sairemos ilesos. A coragem de ser nos impulsiona, para além dos obstáculos, dos sofrimentos que a existência nos coloca.
A consciência percebida pelo ser humano, enquanto ser traz também a consciência de sua contingência (onde nada e absoluto tudo dependera do seu processo de vida), de sua finitude e, portanto, existe ai uma angústia vital que se entrelaça com a coragem. Uma consciência racional é desejável onde quer que seja, porém a mais importante questão na vida não é acessível à razão ou ciência. O homem à partida não está definido, ele é um projeto em construção, cada pessoa é aquilo em que se torna consoante àquilo que faz.
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