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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

As aparências enganam

"As aparências enganam, aos que odeiam e aos que amam
Porque o amor e o ódio se irmanam na fogueira das paixões"


Observamos o mundo através de nossos sentidos, e fazemos julgamentos que nem sempre corresponde a realidade. Quantas vezes somos enganados pelas aparências, realmente a vida é assim enganosa em suas aparências.

Na maioria das vezes não estamos acostumado e analisar aquilo que sentimos, vivemos um serie de estímulos no dia a dia, porem muitas vezes somos iludidos por não analisar ou perceber detalhes que são enganosos. Nem sempre a primeira visão ou o primeiro sentimento corresponde a toda realidade, infelizmente só percebemos isso depois que já estamos quase acreditando em algo que não realmente o que aparenta.

Uma das características do ser humano é que estamos o tempo todo emitindo julgamentos, quando conhecemos alguém, nos apressamos em criar um juízo, buscando avaliar qualidades e defeitos, e principalmente suas intenções, estes julgamentos emocionais tendem a ser precipitados e falhos.

Termos que aprender a ser mais lúcidos, pessoas lucidas julgam menos, e procuram conhecer todas as vertentes de alguma coisa ou alguém antes de emitir algum determinado valor.

Porem no mundo de hoje a lucidez da lugar a mera avaliação de valores muitas vezes externos ou triviais, hoje em dia o relacionamento humano muitas vezes dura apenas poucas horas, onde o julgamento se faz por aparências ou necessidades existentes naquele momento.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Que falta fazem!

Às vezes nem sei por que tanta tristeza: certo muito problema em uma data que para muitos seria feliz ou pelo menos traria a ilusão de felicidade, fazem com quem tenhamos esta sensação, algumas muito antigas outras mais recentes.

Pelo menos vamos tentando, pegar um pouco da felicidade que os outros realmente estão sentindo e tentar nos sentir bem, porque pessoas que gostamos estão bem, com saúde, felizes, vivendo sua vida da melhor maneira possível. Isso pelo menos trás uma sensação de bem estar durante algum tempo.

O problema maior é a falta que sentimos de tantas pessoas, algumas já não estão conosco fisicamente, outra perdemos o contato, e a grande maioria tem sua vida e já não fazem, mas parte tão cotidianamente da nossa vida. Por mas mais racional que sejamos tudo que envolva sentimento incomoda, às vezes incomoda muito.

Ao menos temos a ilusão de que tudo se resolva da melhor maneira possível! Sonhamos sim, porque eles alimentam nossa vontade de mudar ou de buscar alguma coisa melhor, sonhemos então com reencontro de todos aqueles que um dia fizeram parte de nossa vida que nos ajudaram a ser o que hoje somos bem ou mal somos um pouco de cada um que por nossa vida passou.

E como faz falta certas pessoas em nossa vida hoje em dia!

Protegemos demais as vezes

Infelizmente temos uma tendência seria a procurar proteger demais as pessoas que amamos, chegando muitas vezes a impedir seu próprio crescimento. Muitas vezes por certa arrogância nossa ou por acharmos que resolvemos todos os problemas, exageramos nesta dose de proteção.

Tudo que é demais faz mal ate amor e proteção.

Temos que aprender a dosar ate as coisas boas, pois muitas vezes nosso exagero não permite o crescimento das outras pessoas. Na maioria das vezes: “se dar mal” ou “quebrar a cara” em alguma situação será importante futuramente.

Somos assim mesmo, aprendemos com nossos erros mais rápidos e melhor do que com todo o ensinamento que possa ser transmitido, muitas vezes.

Não deixaremos de dar atenção ou nos preocuparmos com as pessoas que queremos bem, mas tentemos ser menos protetores, acreditar mais na capacidade de percepção do outro, já que demos os primeiros passos para mostrar algo que pode trazer mal estar ou sofrimento, contemos com o discernimento desta pessoa, porque com certeza em algum momento, aquilo que falamos ficara claro e ajudara na percepção do erro cometido.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

As escolhas que fazemos!

A vida não vem acompanhada de um manual de uso.

Ao longo de nossa vida fazemos escolhas, algumas certas e outras erradas, das escolhas certas, algumas vezes por sabedoria, outras por puro acaso. Quanto às erradas, com sabedoria tiramos proveito, aprendemos lições, saímos mais fortalecidos, mais sábios.

A vida está sempre pronta para nos ensinar, contamos com o livre arbítrio, aprendemos por amor e também pela dor.
As escolhas que fazemos, as que erramos, para nós podem ter sido erradas, para outros, estas mesmas escolhas erradas, podem se mostrar como escolhas acertadas e vice-versa.
É certo que raramente podemos consertar nossos erros, quando podemos, temos dúvidas se devemos.

Existem escolhas, que em primeiro momento, se mostram acertadas, porém, tempos depois, nos mostram ser, não erradas, mas as menos indicadas.
Algumas de nossas escolhas, ainda que sabidamente, não sejam as melhores para nós, mas precisam ser as escolhidas, seguimos em frente então.
As consequências nem sempre guardam relação com as escolhas que fazemos. Algumas vezes, pequenas escolhas, nos trazem grandes transtornos, bem como, grandes escolhas, nos devolvem pequenos resultados.

Fazemos escolhas, que rapidamente nos trazem os resultados, esperados ou não, outras, levam tempos para se mostrarem como certas ou erradas.
Certo é ninguém acerta o tempo todo, ninguém erra por querer. Todos nós acertamos, e todos nós erramos.

Pode ser que alguém diga que com o tempo erraremos menos, eu digo que erramos menos, mais por arriscarmos menos do que por acertarmos mais. O temor dos erros, invariavelmente nos leva a tentar menos. Será que é certo? Ou será que devemos tentar continuar a acertar, mesmo com o risco de errarmos mais.

Eu digo, devemos continuar a fazer escolhas, devemos temer os erros, mas isto não pode nos impedir de continuar a buscar os acertos. Algum um dia nos beneficiaremos positivamente de nossos erros, então, terá valido a pena!

O que será mais importante me nossa vida?

Enfim, filosofia à parte, o que nos impede de ser melhores? Fico aqui me perguntando quanto tempo gastamos investindo em relações furadas, em diálogos absurdos, em vícios que em nada contribuem, e, então, vem à resposta: Sou carente, não aguento ficar só, ruim com ela pior sem ela, o amor, mesmo distorcido, me faz bem, não sei viver sem ela, adoro uma balada, meu negócio é ser "feliz" etc. Não, eu não estou julgando nem sugerindo nada, a ideia mesmo é tentar compreender. A questão é: a escolha por um ou outro caminho não podem ser uma desculpa para paralisarmos.
Não pode ser um peso que tenhamos de carregar para o resto da vida. Não pode ser uma prisão que nos faça encolher e, aos poucos, deixar de existir. Não deveria, pelo menos. Toda escolha saudável pode ter como base a saúde, a integridade, a evolução do ser. A manutenção dos sonhos e da capacidade de aprender, superar-se, crescer.
É fascinante como damos importância ao dinheiro, ao romance, a saúde física, ao sexo e o reconhecimento dos outros. Porém, quando a morte chega perto, o que venho aprendendo em minhas observações é que queremos: o sorriso de nossos entes queridos por perto, o carinho, a atenção e o apoio de pessoas amigas e verdadeiras, a vida de volta para aproveitarmos o que nosso coração deseja. Agora eu pergunto a você: e para você? O que seria importante para você (fazer, receber ou sentir) caso a vida lhe desse mais uma chance para viver?
As pessoas entram e saem de nossas vidas, algumas passam despercebidas, outras deixam sua presença em nossa memória, outras em nosso coração. Algumas deixam coisas boas, outras coisas ruins, mas as pessoas que levo comigo são aquelas que mudaram a minha vida, que me fizeram dar um sorriso, que me fizeram esquecer uma tristeza, que me ajudaram nos momentos difíceis, que não fugiram em nenhum segundo, nem nos felizes, nem nos tristes.
As coisas mais importantes que podemos ter na vida são as que duram pra sempre, que podemos sempre levar conosco, e acho que nenhuma delas é mais forte que uma amizade sincera. Por isso tenho certeza que não há nada que eu amo mais na minha vida do que os meus amigos, aqueles que ficaram marcados pra sempre no meu coração, e mesmo que não nos falemos por muito tempo sempre vou lembrar deles, pois eles fizeram uma grande diferença na minha vida!
Quem são eles? Não importa, pois sei que se eles lerem isso vão ter certeza que me lembrei deles, quando escrevi isso.

Portanto:
O importante na vida é quem você ama e quem você fere. É como você se sente em relação a você mesmo. É confiança, felicidade e compaixão. É ficar do lado dos amigos e substituir o ódio por amor. O importante na vida é evitar a inveja, não querer o mal dos outros, superar a ignorância e construir a confiança. É o que você diz e o significado de suas palavras. É gostar das pessoas pelo o que elas são e não pelo que têm. Acima de tudo, é escolher usar a sua vida para tocar a vida de outra pessoa de um jeito que a fará mais feliz.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Crescimento Pessoal

Crescimento Pessoal não é um privilégio que possa ser concedido, mas a maior recompensa que alguém obtém em viver do seu próprio trabalho, cultivando suas próprias ideias e buscando o domínio total do espírito, corpo, mente.

Crescimento pessoal é a conquista definitiva da LIBERDADE DE SER E DE VIVER a sua própria vida, do seu próprio jeito, sem amarras ou apegos de qualquer natureza.

Assim, assume e pratica a liberdade de escolha que a Natureza concedeu, jamais renunciando ao teu direito de dar a palavra final sobre coisas que dizem respeito exclusivamente a você. Acaba de vez a dominação arbitrária e repressora dos outros e das opiniões deles sobre como ira viver sua própria vida.

Nada  impede de se interromper o crescimento pessoal trocando a liberdade por conforto e segurança material, como muitos o fazem. Saiba, porém, que isso sempre é feito à custa de grande desconforto íntimo e de permanente insegurança pessoal, porque liberdade é para o espírito o que o ar é para os pulmões: sem ela, tua consciência fica sufocada, ira sentir uma enorme falta de tudo, mesmo tendo tudo que querias, e um enorme vazio, mesmo estando com todo o teu tempo tomado. Tenha cuidado, enfim, para não confundir liberdade com desordem, pois o preço da liberdade é autodisciplina e responsabilidade pelos teus próprios atos e omissões.

Crescimento Pessoal consiste em desenvolver seu mundo próprio, e isso só vai ser possível se estiver disposto a errar, sem sofrer, e a nunca se apegar aos seus acertos, como se fossem definitivos. Crescer é experimentar coisas novas, o tempo todo.
Estagnação e decadência é tudo que conseguirá se passar a vida fazendo copia de seus acertos ou repetindo os velhos erros.
Crescimento Pessoal consiste no aprendizado da vida como algo que se renova e se transforma constantemente, e que põe à prova a cada instante a nossa tentativa de eternizar conceitos e comportamentos.
Crescimento Pessoal não é o aprendizado ou o domínio total de como outros levaram as vidas deles, nem de métodos já consagrados de como viver a vida, mas a descoberta de processos para lidar com as coisas que estão acontecendo dentro de nossa própria vida.

Toda experiência pela qual passamos já é em si o próprio aprendizado. Devemos reconhecer o que está sendo ensinado e receber a lição com paciência e humildade. Nada é mais importante do que estar sempre disponível para aprender, pois é impossível ensinar alguma coisa a quem acha que tudo sabe.

A ética e o mundo hoje

Sendo o ser humano capaz de cultivar o bem, também é capaz de cultivar o que é mal. Nisto que consiste fazer boas encolhas entre virtude e vícios, ou seja, ser ético ou desprezar o intelecto virtuoso de agir perante as coisas. Talvez pudéssemos considerar a infelicidade fruto de escolha, como fruto das más ações do ser humano. A infelicidade pode ser a grande vilã de uma sociedade decaída, pobre e miserável. Podemos pensar as infelicidades mascaradas com outros substantivos bem conhecidos do ser humano. A infelicidade pode talvez for nomeada de desigualdade social, fome, miséria, doenças e outros substantivos desse gênero. Um desencadeamento de maledicências decorrente de uma falta de ética humanitária.
O mundo esta carente de uma ética prática, que faça do ser humano mais humano para com os outros. Estamos necessitados de uma reflexão sobre o sentido da vida do outro, a importância do outro. Não é mais possível deixar que nosso egoísmo, racismo e intolerância religiosa, exclua o outro de fazer parte da sociedade que desfruta das benesses da minoria.
Mas se todo ser humano fosse praticante de virtudes, vivenciasse as virtudes, faria uma escolha acertada do que é bom, sem se preocupar em estar escolhendo o que é mal e injusto. Desta forma estaria agindo de acordo com o senso ético, agiria com sabedoria e justiça.
A falta de ética pode ser vista como uma escolha não acertada da vida, uma escolha que não foi refletida, não ponderada, e até mesmo quando nos foi dado oportunidade para tal. A miséria do mundo atual vista desta ótica nos leva a refletir sobre o que fizemos do mundo que habitamos e das pessoas ao nosso redor. 

As vezes e melhor ficar quieto!

Tem horas que chegamos à conclusão que atrapalhamos mais que ajudamos! Nem sempre temos razão, nem todo o conhecimento para determinar que algo esta certo ou errado, muitas vezes somente a vivencia ou o exercício pratico de determinado evento ira determinar seu valor ou sua validade.

Pensamos em ajudar, mas em nossa ansiedade muitas vezes fazemos exatamente o contrário, atrapalhamos! Ou pior passamos uma visão pessimista de determinando acontecimento,mesmo uma situação que traga mal estar, não deixa de trazer um aprendizado.

Não que tenhamos que ficar apáticos quando percebemos algo errado, somente não devemos ficar insistindo ou tentando influenciar com nossas teorias ou observações, se estivermos certos tudo no final se esclarecera e pelo menos fizemos nossa parte no momento correto.

Olha, o mais importante muitas vezes e somente estar presente nos momentos bons ou ruins, nem sempre existe necessidade de expressar algo, pois o entendimento de que você estará ali quando for necessário e muito mais importante do que qualquer coisa que você possa falar.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Detesto finais de ano

Tenho andado meio amuado e triste nunca gostei do mês de dezembro por uma serie de problemas pessoais durante a vida e parece que este mês e mesmo fatídico para mim, tudo de ruim acontece nele. Não penso no final de ano como um período de enceramento de etapa, já que acredito que o tempo não pode ser controlado pro meio apenas de um calendário, ciclos existem mudanças também durante toda nossa vida não apenas em função de um ano que termina.
Muitos problemas e preocupações principalmente com pessoas chegadas e a quem queremos bem, infelizmente não podemos viver a vida dos outros nem fazer com ela seja mais fácil, todos precisamos encontrar nosso caminho e ter o discernimento do que fazer ou por onde seguir, claro em função do mais importante que no momento a vida nos apresenta, algumas vezes acertamos, em outras erramos, porem se não aprendermos com nossos erros cometermos os mesmos novamente. As opções sempre estão claras só que nem sempre percebemos como reagir em função de nossas limitações ou inseguranças.
Porem o importante de tudo e aprendermos a ter consciência dos nossos limites e de ate onde poderemos ir sem deixamos de ser o que somos, não colocando nossos princípios por água baixo, o mais importante de tudo é apreendermos a conviver com o que somos, com nossos defeitos e virtudes, e para mim não me submeter aquilo que não acredito e não faz parte de meus valores e de meu caráter é o mais importante. No mundo já tem gente demais sendo aquilo que não é ou vivendo o que não acredita, na maioria das vezes se submetendo e se rebaixando para obtenção de algo que não necessita ou satisfazer sentimentos mesquinhos ou de menos valia.
Na vida é muito importante aprender a dizer não para aquilo que, mas tarde ira nos fazer mal.

Não!


Na vida na maioria das vezes e muito fácil e comodo, dizer sim a tudo, difícil e compreender que as vezes devemos dizer não, para podermos agir de acordo com aquilo que acreditamos e não apenas como mero fantoche dos anseios das outras pessoas.

sábado, 10 de dezembro de 2011

O importante e o urgente em nossas vidas.

Confundem-se, frequentemente, as situações importantes com as situações urgentes. Mas, pior ainda, é muitas vezes essa confusão se torna mais saliente e com resultados mais desastrosos.
O pior de tudo e que não percebemos essa distinção, muitas vezes em varias situações de nossa vida valorizamos erradamente as situações, não só na vida profissional, mas o mais importante em nossos relacionamentos fora do meio corporativo. 
Vou tentar explicar a s diferenças: uma situação importante necessita de tempo e avaliações, planejamento a efetuar, tem que ser preparado com tempo. As tarefas urgentes são facilmente identificáveis, pois realmente urgem à nossa frente, chamam claramente nossa atenção. Adiando a preparação de certos acontecimentos significa torná-lo urgente. Ora, é sabido que nas urgências, atacam-se as situações de improviso e com o que estiver à mão. Contudo, quase sempre o improviso e o que está à mão constituem a pior maneira de resolver os problemas.
Por pedirem desesperadamente a nossa atenção é que as coisas urgentes recebem mais de nosso tempo, ao passo que as coisas importantes “sempre” podem ser adiadas sem nenhum impacto imediato. Porém em nossa vida nem sempre o urgente é importante, ou importante urgente! Tudo dependera de como você avalia e determinam àquilo que é prioritário em sua vida, sua escolhas determinarão estes valores certamente. Porque no longo prazo, fatalmente, as coisas importantes se tornarão urgentes se não forem resolvidas.
Nossas “urgências e importâncias”, tendem a mudar em decorrência de novas situações, assim temos sempre que reformula-las em cima das informações atuais. Elas mudam também com o tempo e a idade onde a experiência e a sabedoria nos mostram que nem sempre priorizamos o que realmente importa.
Saber administrar o tempo, em última instância, é planejar a nossa vida, determinam que valores sejam aplicados. Para isso, precisamos, em primeiro lugar, saber aonde queremos chegar. Onde quero estar, o que quero ser, daqui a 5, 10, 25, 50 anos? O segundo passo é começar a avaliar estratégias: transformar objetivos em metas (com prazos e quantificações) e decidir, em linhas gerais, como as metas serão alcançadas. O terceiro passo é criar planos táticos: explorar as alternativas específicas disponíveis para se chegar aonde queremos chegar, fazer escolhas. Em quarto lugar, fazer o que tem que ser feito. Durante todo o processo, precisamos estar constantemente avaliando os meios que estamos usando, para verificar se estão nos levando mais perto de onde queremos vamos querer estar ao final do processo. Se não, troquemos de meios.
Mas tudo começa com uma verdade tão simples que parece uma platitude: se você não sabe aonde quer chegar, provavelmente nunca vai chegar lá - por mais tempo que tenha.
Quando o nosso tempo termina, acaba a nossa vida. Não há maneira de obter mais. Por isso, tempo é vida. Quem administra o tempo ganha vida, mesmo vivendo o mesmo tempo. Prolongar a duração de nossa vida não é algo sobre o qual tenhamos muito controle. Aumentar a nossa vida ganhando tempo dentro da duração que ela tem é algo, porém, que está ao alcance de todos. Basta um pouco de esforço e determinação. E saber determinar naquele momento nossas necessidades e o que é importante ou urgente naquele determinado ponto de nossas vidas.
A vida é um processo de mudança constante, tudo muda o tempo todo e temos que ficar atentos para mudar nossas prioridades quando necessário,   conscientes de que não somos como uma biruta que muda conforme o vento mas sim inteligentes, atentos e maleáveis a ponto de mudar e  rever objetivos para resguardar nossa tranquilidade e qualidade de vida.
Novas prioridades são também novos desafios, portanto temos que atualiza-las para manter o interesse. Ao lista-las é sempre bom fazermos uma avaliação de nossas motivações, refletindo e utilizando também a praticidade e a lógica antes de fixá-las, atentos ao fato de  que urgente nem sempre significa importante.
O mais importante é não esquecermos que prioridade mesmo é  sempre a vida e a urgência que temos dela, mas não basta apenas passarmos por ela respirando e sobrevivendo, precisamos também  suspirar e viver como personagens ativos e insubstituíveis da   nossa própria história!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Liberdade e afeto

O mundo atual produz pessoas bem-formadas, que cuidam da saúde, das roupas e das finanças, são viajadas e antenadas, porém com certa dificuldade em se relacionar. Mas nem pensar que elas ficam sozinhas! Ao contrário, em nossa cultura do espetáculo e do entretenimento, não faltam lugares para se exibir e encontrar outras pessoas disponíveis, e carentes, pois sofrem do mesmo mal, não conseguindo se ligar afetivamente a ninguém.
Considerando o fato de sermos uma sociedade globalizada, informatizada e contemporânea, que se apresenta pautada na velocidade, satisfação imediata, rapidez, agilidade, novidades científicas e tecnológicas a todo vapor, nos deparamos por outro lado com uma incapacidade humana de gerenciar , pensar e estabelecer diretrizes para proteção e respeito  da própria raça. Característica esta natural do ser humano, pensante, afetivo e emocional que precisa de tempo para processar informações, novidades e se adaptar
Os novos conceitos éticos, a moral e os costumes que vão ganhando forma e conquistando espaço trazem preocupações. Há certas áreas em que o homem parece regredir. A qualidade da vida emocional das pessoas está piorando a cada dia. Nos relacionamentos interpessoais falta carinho e sobra agressividade, falta compromisso e sobeja infidelidade. O caráter das pessoas está enfraquecido.
Hoje se tem pressa, muitos estímulos são oferecidos e é preciso trabalhar demais para ter acesso às tantas possibilidades do mundo. Mas a pressa é inimiga do amor, que exige paciência, sabedoria e aplicação. Além disso, exige também certa modéstia em aceitar as próprias limitações e as alheias. Mas, como? Afinal, não nos sentimos fantásticos e arrogantes com tudo que estamos conseguindo nesta era globalizada, inclusive amores em cada capital, bairro ou boate, ao vivo ou via internet?
A suposta liberdade de hoje pode se converter em pesadelo: a vertigem do vazio, o sexo saciado e a alma depenada. Esta liberdade até vale para os jovens talvez por isso, com certa razão, as pessoas estejam se casando mais tarde e para aqueles que acabam de sair de uma relação prolongada e precisam de um intervalo para se distrair e brincar o que é válido, desde que seja feito com ética. Mas quem está à procura de algo consistente não pode confundir quantidade com qualidade, pois há uma contradição entre a idealização do agito da vida atual e a expectativa de um amor. O amor é sempre singular, uma história única, que surge em recantos imprevistos. Não se encontra facilmente em qualquer agito explícito da modernidade. 

domingo, 20 de novembro de 2011

Valores e nossa vida

Temos o péssimo hábito de avaliar os outros por nossos valores pessoais. Isto é problema, gera confusões e distorções de entendimento.
As decisões tomadas por cada individuo são decisões com base em critérios particulares, em valores pessoais intransferíveis que são válidos apenas para ele, podem existir valores parecidos mas nunca serão iguais.
Raramente estamos dispostos a ver pelos olhos do outro, sempre queremos medir a tudo e a todos pela nossa régua particular.
Se não estivermos dispostos a ver o mundo pelos olhos do outro, sempre nos acharemos os donos da verdade, sempre nos julgaremos os certos e os demais os errados.
Sempre que tomamos uma decisão a tomamos com base em nossos valores pessoais. Quando julgamos as decisões de outrem também as julgamos com base nesses mesmos valores, só que a decisão não foi tomada com base em nossos valores e sim com base nos valores de quem tomou a decisão. Entender isso é fundamental para vivermos de forma harmoniosa.
Todos nós temos uma hierarquia de valores que guiam nossas vidas. Se uma pessoa valoriza aventura mais do que tudo, não vai pensar duas vezes quando alguém chamar para saltar de paraquedas. Porém, se o mais alto valor dessa pessoa for segurança, dificilmente ela irá topar.
Nossa mente avalia as experiências balanceando entre dor e prazer a depender dos nossos valores pessoais.
O problema é que muitas vezes temos valores conflitantes, o que gera certa confusão mental. Se você identifica seus valores pessoais, pode alterá-los. Se os modificar, seu foco mudará. Seu foco mudando, seu destino será outro!
Um detalhe importante: é preciso diferenciar valores-fins de valores-meios. As pessoas geralmente dizem que querem valores-meios: dinheiro, relacionamentos, família, carros. Mas na verdade, elas querem os fins que esses itens podem proporcionar: conforto, paixão, aventura, amor, excitação.
Mas de onde vêm nossos valores? Das experiências que temos na vida: dos nossos pais, da escola, da mídia, do trabalho, dos amigos, dos livros… a chave é estar consciente de que são esses valores que estão guiando nossas vidas, portanto precisamos escolhê-los com cuidado.

domingo, 13 de novembro de 2011

Sonhar sonhos impossíveis?

"Voar
Num limite improvável
Tocar
O inacessível chão"

Você lembra a última vez que sonhou com algo bom para você? Qual a última coisa que você imaginou, desejou e imediatamente se recriminou, achando que nunca conseguiria realizar ou obter aquilo para a sua vida?
Temos a capacidade infinita de sonhar e de imaginar o melhor para as nossas vidas.
Então, por que muitos são infelizes e não conseguem mais ter sonhos e nem realizá-los? É porque se cercaram do medo pelo fracasso. Muitos vivem rodeados por pessoas que também têm medo de errar e de serem ridicularizadas por isso, e assim não querem mais sonhar.
Vivem conformadas com o que são, e não avançam em nada que possa trazer algum desconforto ou ameaça de serem tachadas como ridículas ou sonhadoras, e assim vivem por viver.
Ao contrário do que muitos sentem sonhar não faz mal, e se arriscar, muitas vezes, pode ser a oportunidade que precisamos para realizar o que sonhamos. Ter sonhos é acreditar que de alguma forma podemos encontrar o que desejamos.
Arrisque-se! Sonhe! Nunca desista de sonhar! E se alguém lhe recriminar, continue, pois de muitos sonhos surgiram bases concretas que algumas vezes mudaram o mundo e para melhor.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Por que fazer do trabalho sua vida

Estudos recentes de casos clínicos em consultórios psicológicos e psiquiátricos concluíram que o vício em trabalho é similar ao vício em álcool ou cocaína: A mola-mestra é a compulsão. Para o Workaholic o trabalho torna-se uma obsessão. A sociedade desaprova quem bebe me excesso ou utiliza drogas, mas aprova e até admira quem trabalha bastante.
Workaholics são pessoas que fazem do trabalho a sua principal razão de viver. Entre tantos motivos que levam a tal situação, estão a competição, busca de poder e status, realização profissional e às vezes, a maior razão, para muitas pessoas: a fuga de problemas íntimos ou familiares.
O workaholic faz de seu trabalho o sentido de sua vida, canaliza cada vez em maior escala sua energia no trabalho, sacrificando assim o lazer e as relações pessoais. É uma pessoa que racionaliza muito, desconsidera seus próprios sentimentos e tem um contato mínimo com si mesmo e com seus conflitos. É um tanto individualista e egoísta.
O trabalho passa a ser também um escudo protetor, pois encontra nele os meios necessários para manter escondidos os conflitos emocionais, que não quer ou não consegue resolver, em conseqüência a pessoa necessita de “aplausos” e reconhecimento, tornando assim muitas vezes uma pessoa ansiosa.
Na família, com os amigos, em casa, o workaholic sofre sem dar espaço para os sentimentos e os afetos, sempre insatisfeito consigo, alimenta a idéia de ser “onipotente” e “onipresente, mas na verdade é um “pai omisso”, ou uma “mãe ausente”, também um amante ou companheiro que sempre deixa a desejar, que sempre oferece pouco companheirismo, contato e afeto.
O workaholic não relaxa, é constante a sua preocupação com o trabalho, seu maior problema é a falta de clareza entre o limite do prazer e o caminho da autodestruição.
A maior conseqüência em ser um workaholic é a deterioração da qualidade de vida e também daqueles que o cercam, a pessoa só começa a perceber que está se autodestruindo quando identifica algum quadro de estresse, depressão, isolamento, úlcera ou problemas cardíacos.
Se você identificou algum ponto aqui abordado, minha sugestão é: faça uma pausa, proponha-se uma autocrítica e uma auto-análise, avaliando a sua maneira de se relacionar consigo e com as pessoas, a forma de resolver seus problemas afetivos - emocionais, e como tem se dedicado ao trabalho. Um forte indicador é se as pessoas à sua volta estão reclamando a sua presença. O trabalho é ótimo, gratificante e enriquecedor, mas não pode ser tudo na sua vida. 

sábado, 15 de outubro de 2011

Autoestima

O que faz com que algumas pessoas sejam mais seguras de si, mais estáveis emocionalmente enquanto outras se perdem, se desesperam quando algo acontece? O diferencial que faz com que cada um consiga ter controle sob suas emoções é o autoconhecimento.
A maior parte das pessoas acredita que se conhece, mas na verdade se conhece muito pouco.
Você ama alguém, confia em alguém que pouco conhece? Geralmente amamos e confiamos em quem conhecemos muito! E se você não se conhece como quer acreditar mais em sua própria capacidade? Como ir em busca de seus sonhos se não acredita ser capaz? E por que não acredita ser capaz? Porque não sabe quem você é.
Por isso o autoconhecimento é fundamental para desenvolver o amor por si mesmo e fortalecer a autoestima (consciência de nosso próprio valor), oscila de acordo com as situações e principalmente em como nos sentimos em relação a cada um delas, e sem autoconhecimento dificilmente conseguiremos estabilidade emocional.
É muito difícil alguém se conhecer interiormente quando a busca está sempre no externo. As pessoas buscam cuidar da pele, mudar o corte do cabelo, comprar roupas, carros, eliminar alguns quilinhos, mas quase sempre esquecem que o caminho deve ser o contrário, de dentro para fora. Quando uma pessoa está bem com ela mesma você percebe isso não pela roupa que está usando, ou o carro que está dirigindo, mas pelo brilho em seu olhar, o sorriso em seu rosto, a paz em seu espírito.
Como alguém que dorme mal toda noite pode sentir paz? Como alguém que está constantemente se criticando, se culpando, se achando errado, pode se amar? Amar-se é condição básica para elevar a autoestima. É importante identificar os fatores que estão te impedindo de elevar sua autoestima.

Sintomas de baixa autoestima

Podemos perceber que a autoestima está baixa quando desenvolvemos algumas características como: insegurança, inadequação, perfeccionismo, dúvidas constantes, incerteza dos seus valores, sentimento vago de não ser capaz, de não conseguir realizar nada, não se permitindo errar e com muita necessidade de agradar, ser aprovado, reconhecido pelo que faz e nem sempre pelo que é.
Seu valor estará sempre na dependência do que dirão sobre você, não importando muito sua própria opinião. Por exemplo, quando você perde o emprego, quando recebe uma crítica, quando alguém se distancia de você. Tudo isso pode baixar sua autoestima e se sentirá incapaz de continuar e desistirá no meio do caminho. Abandona assim seus sonhos, seus objetivos. Isso acontece quando a principal fonte de autoestima está naquilo que faz pelo outros, sempre querendo fazer algo para as pessoas em busca de aprovação e reconhecimento. E esse é o caminho mais curto para se machucar. Coloca assim todo seu valor nas opiniões ou respostas no mundo externo, e como quase sempre nada disso corresponde ao que espera, e nem ao que você é realmente, se permite depender cada vez mais de como te avaliam, gerando um círculo vicioso.
O importante é desenvolver a capacidade e ter a consciência de saber que o que faz é o reflexo de quem você é. Ao reconhecer seus pontos negativos, poderá mudar um por um. E reconhecendo seus pontos positivos se sentirá mais confiante em sua capacidade de conseguir o que quer que deseje independente das críticas ou opiniões que terão sobre você, pois acredita ser capaz de conseguir tudo o que deseja! 


E ainda que ninguém te aprove você terá autoconhecimento suficiente para você mesmo, se aprovar e principalmente se amar!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Por falar em frustração

Precisamos ficar atento com nossas emoções, pois a mente é rápida em gerar certas âncoras mentais que acabam nos fazendo ficar parados numa mesma situação por muito tempo, muitas vezes mais frustrados que outra coisa.
Falar em frustração não significa falar de algo doentio, mórbido. A frustração, é uma ocorrência universal e comum a todas as pessoas conscientes das condições de sua existência, significa algo necessário ao amadurecimento e, conseqüentemente, ao desenvolvimento do sujeito, de sua relação com a sua realidade, com os outros e consigo próprio.

O ser humano, tal como os animais superiores, tende a fugir da dor e se aproximar do prazer. Portanto, há sempre uma pretensiosa tentativa de suprimir o sofrimento das frustrações ou das perdas. Entre as várias maneiras que o ser humano usa para essa fuga da dor, incluindo os mecanismos de defesa, as negações, compensações, etc, tudo isso como parte um leque de recursos interiores, recorre-se também à ajuda externa, algo de fora da pessoa.

Porém, não são poucas as hipóteses de ser saudável e até desejável, vivenciar os sentimentos proporcionados pelas adversidades da vida, pelas dificuldades e frustrações das relações humanas. Parece que quando existe excesso de investimento psicoterápico, excesso de intervenções farmacológicas, super proteção familiar, enfim, qualquer esforço sociocultural no sentido de dissimular e minimizar os sentimentos próprios dessas frustrações naturais da vida, a pessoa poderá não desenvolver a necessária capacidade de superar dificuldades existenciais.

Vivenciar perdas, experimentar a melancolia e a tristeza diante das frustrações são processos importantes para o amadurecimento psíquico e aprimoramento das relações sociais. A Depressão não pode ser compreendida como sinônimo do sentimento de tristeza e melancolia que qualquer pessoa experimenta diante das dificuldades e frustrações, mas sim, como um quadro patológico próprio e específico, relativamente emancipado dos eventos existenciais.

Experiência de vida

Durante toda nossa vida, os fatos ou acontecimentos vividos por nós serão nossas experiências de vida e passarão a fazer parte de nossa consciência. Dos fatos e acontecimentos teremos lembranças e sentimentos, assim como também teremos lembranças desses sentimentos, portanto, lembraremos não apenas nossas experiências de vida mas, também, lembraremos se elas foram agradáveis ou não, prazerosas ou não.
Embora diferentes pessoas possam viver mesmos fatos e acontecimentos, cada uma delas sentirá tais fatos e acontecimentos de maneira diferente e pessoal, também vivencia afetiva deste acontecimento ira variar.
Certas pessoas terão um juízo pessimista, uma avaliação negativa de si mesma, ou seja, trata-se de uma Afetividade que representa negativamente para a própria pessoa o seu próprio eu. Se a pessoa está se vendo pior do que é de fato, então afetivamente não está bem. Por sua vez, também faz com que a pessoa se sinta e se ache pior do que realmente é. Isso produz insegurança e rebaixa a auto-estima. Novamente aqui a Afetividade representa negativamente a pessoa para si mesma. A avaliação negativa de si mesmo, achar que a vida não vale à pena, que a realidade é sofrível, sentir medo exagerado, achar-se doente e toda sorte de pensamentos ruins resultam do Afeto alterado.
E como sabemos exatamente nosso próprio tamanho? Quem diz se somos grandes ou pequenos, fortes ou fracos, espertos ou não, superiores ou não ao adversário será nossa Afetividade, esse apetrecho psíquico que dá valor a tudo em nossa vida e, principalmente, nos dá o valor de nós mesmos.
O ser humano sempre viveu diante do dilema entre aquilo que ele quer realmente fazer, aquilo que ele deve fazer e aquilo que ele consegue fazer. Portanto, nem sempre estamos fazendo aquilo que queremos, muitas vezes não queremos fazer aquilo que devemos, outras vezes queremos e devemos fazer aquilo que não conseguimos. Enfim, estamos constantemente diante desse conflito.
Essa situação não diz respeito apenas às questões de nossa vida prática, diz respeito também aos nossos sentimentos. Se devemos gostar ou não de determinada pessoa, gostar ou não de determinada atitude nem sempre obedece ao fato de querermos gostar ou não. Às vezes odiamos ou gostamos mesmo não querendo, outras vezes mesmo não devendo, outras vezes ainda, mesmo devendo e querendo não conseguimos.
Como vimos, todos nós estamos sujeitos ao Conflito, pois, nem sempre estamos plenamente felizes com nossa situação atual. Na verdade, é quase impossível uma pessoa consciente viver sem nenhum Conflito.
Na saúde emocional conseguimos conviver bem com nossos Conflitos, conseguimos viver bem apesar de nossos Conflitos. Entretanto, estando a Afetividade comprometida, podemos sucumbir a esses Conflitos.
Outras vezes a Afetividade depressiva ou esgotada mexe e remexe no baú de nosso psiquismo. Fatos, Vivências, Conflitos e traumas praticamente esquecidos voltam à tona, incomodam e torturam. 

sábado, 24 de setembro de 2011

Porque Escrevo?


Vergílio Ferreira
Escrever. Porque escrevo? Escrevo para criar um espaço habitável da minha necessidade, do que me oprime, do que é difícil e excessivo. Escrevo porque o encantamento e a maravilha são verdade e a sua sedução é mais forte do que eu. Escrevo porque o erro, a degradação e a injustiça não devem ter razão. Escrevo para tornar possível a realidade, os lugares, tempos que esperam que a minha escrita os desperte do seu modo confuso de serem. E para evocar e fixar o percurso que realizei as terras, gentes e tudo o que vivi e que só na escrita eu posso reconhecer, por nela recuperarem a sua essencialidade, a sua verdade emotiva, que é a primeira e a última que nos liga ao mundo. Escrevo para tornar visível o mistério das coisas. Escrevo para ser. Escrevo sem razão.
Bruno Tolentino
“Digamos que escrevo para tentar separar o mundo-como-tal do mundo-como-ideia. Claro? Bem, talvez tenha outras motivações menos conscientes, mas não tenho melhor justificativa para exercer um ofício tão perigoso… Imaginar-se autor parece-me tamanha petulância que desde que me entendo tento fingir que sirvo para alguma coisa!”
Adélia Prado
“Boa pergunta. É necessário que eu escreva, acho que é uma necessidade divina de mostrar a Sua face, o espírito quer ser adorado, ele quer ser visto. Deus precisa fatalmente de mostrar a Sua face e a arte é uma mediação para a divindade. Então, neste caso, tenho que ser dócil a este desejo divino. Não obedecer a isto é pecar, é um pecado capital, eu não sou dona disto, não posso falar: não vou escrever mais, isto seria o máximo do orgulho, então eu tenho que escrever.”
Millor Fernandes
“Escrevo porque escrevo, se me pagassem eu só falava
Pergunta feita a todos os escritores, desde o princípio dos tempos, antes mesmo da invenção da escrita: Por que você escreve? E eu respondo.Imitando o dito popular dipsomaníaco: “Bebo porque é líquido, se fosse sólido eu comia” atribuído a todo mundo porque não é de ninguém (provavelmente foi dito pelo primeiro bêbado), eu esclareço: “Escrevo porque escrevo, se me pagassem eu só falava”.
Nunca procurei, pleiteei, um emprego na vida. Quando vi me pagavam pelo que eu batia à maquina (é, já havia a máquina datilográfica, sucessora gloriosa da caneta-tinteiro, substituta da caneta, do tinteiro e do mata-borrão!!! Por pouco não peguei a pena de ganso) e muito até. Dava pra pagar a pensão, pelos versinhos gloriosos das GAROTAS do Alceu, quem quiser saber o que é, ou era, isso, que pesquise. Ia escrevendo, e o que saia, vendia. Ás vezes já maluco, psicodélico, contestatório, surrealista. Tudo, naturalmente, sem saber.”
Clarice Lispector
“Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando…”“Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada”“É preciso coragem. Uma coragem danada. Muita coragem é o que eu preciso. Sinto-me tão desamparada, preciso tanto de proteção…porque parece que sou portadora de uma coisa muito pesada. Sei lá porque escrevo! Que fatalidade é esta?”
Hilda Hilst
“Essa bobagem de sexo na velhice não atinge o poeta. Escrevo justamente para não envelhecer. Posso ter 70 ou 80 anos, vou continuar erótica. A imaginação vai assumindo o controle das lembranças e ninguém segura. Sei respeitar a ausência do amado e ainda assim desejá-lo. ‘Desperdicei meu corpo para aliviar minha alma’, acho que escutei isso num filme.”
José Inácio Vieira de Melo
Escrevo para poder continuar vivo, para preencher o imenso deserto do meu ser com os eus que vou inventando. Escrevo porque sofro de uma praga sagrada: a poesia. Escrevo porque se parar de escrever deixo de existir. Escrevo para matar a besta e decifrar o enigma. Escrevo o meu enigma. Escrevo porque é minha oração e meu paradigma. Escrevo para me proteger dos coices desses cavalos. Escrevo para encontrar a salvação no Vale de Josafá, no Vale do Jequitinhonha, em Jericó ou em Maracás. Escrevo porque escrevo. Escrevo porque tenho fome.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Por que somos usados?

Às vezes a vida pode parecer uma piada ou estranha, mas não é. Por mais difícil que seja de acreditar, as pessoas nos surpreendem a cada instante em que com elas convivemos, mudam a cada momento. O que será que elas querem? Quando conhecemos alguém, costuma-se não dar muita atenção ao que se fala dessa pessoa. A melhor forma e irmos conhecendo a pessoa e descobrir quem ela é verdadeiramente.
É chato se aproximar de uma pessoa com pré-conceitos elaborados. Assim não damos chances para que a pessoa se mostre. A primeira imagem geralmente é a que fica e ela marca a pessoa em nós. Quando nos lembramos de alguém, lembramo-nos da primeira impressão. Muitas pessoas, não todas, usam da boa imagem, da boa impressão com outras intenções. Aproximam-se de nós com rapidez e facilidade parecendo às melhores e maiores amigos. Ouvem-nos, nos aconselham, sorriem e brincam conosco, nos fazem rir e se divertem com a nossa companhia.
Mas o coração delas onde será que está?Aproveitam-se da nossa inocência ou ignorância para tirar proveito. No momento você é a melhor pessoa do mundo para ela. Precisando de algo, ela recorre a você. Tudo é lindo, maravilhoso. Mas, ai passa-se alguns dias ou semanas e de repente você se depara diante de uma situação complicada. Então você recorre com toda confiança a esta pessoa que assim como você a ajudou, tem a certeza que ela te ajudará. Mas na da acontece, você tenta não a reciprocidade não existe, você percebe que sua utilidade para algumas pessoas, só chega ate onde elas querem e de acordo com aquilo que elas desejam.
Aprendemos a confiar nas pessoas e que com os sentimentos dos outros não se brinca. Se outra pessoa chorar, eu deveria consolar chorar junto ou me calar. Rir é muito feio. Mas, de repente, a pessoa que me chamara de amigo, que ligava para mim sempre e vivia me procurando, não mais se importa comigo. O que será que está acontecendo? Você pensa: vai ver que naquele dia a pessoa esta muito ocupada ou um pouco triste. Também é humano e pode vir a sofrer. Meus sentimentos e pressentimentos apontavam que alguma coisa estava errada, porém, a minha razão dizia, ou me fazia crer que não. Você tenta mais uma vez, ai então tudo o que acreditava caiu por terra. Os pressentimentos se confirmaram. O que você acreditava perdeu sentido. As crenças que te sustentam parece invalidar-se. A vida, por um momento perde o sentido. Ai a dura e cruel realidade ganha força: Pessoas nos usam.
Mas por que! Onde foi que errei? Por que tem que ser assim? Por que tem que ser comigo? Ai, depois de algumas horas vem à lembrança do que um dia me disseram: “As pessoas não prestam. Ou você as usa ou elas usam você”. Viu! É verdade! Do que adianta acreditar nas pessoas! Toda hora vem o pensamento: Meu Deus, por que isso? Por que as pessoas fazem isso? Por que elas são assim?Agora a melhor coisa a ser feita é silenciar. Deixar o tempo passar um pouco. Suportar a dor e erguer a cabeça, pois a vida continua. Foi apenas uma queda. E você acaba mudando e aprende a não confiar tanto nas pessoas.
Deixe o tempo passar. Esquecer parece impossível. Continuar acreditando na sinceridade das pessoas e na amizade parece impossível. Tudo o que construímos há anos, desaba, porque você acredita com o coração e com a razão. Mas o mundo real nem sempre esta de acordo com seus pensamentos. Agora, depois de alguns dias esse triste acontecimento faz gerar reflexões sobre a vida, a amizade, e seu valor. Ira perceber que nem sempre o que imagina ou percebe nos primeiros contatos é a verdade, que muitas vezes fantasiamos mais do que realmente existe, criamos a ilusão do perfeito para suprir algo que necessitamos naquele momento. Só que a realidade ira nos mostrar se nos enganamos nessas primeiras impressões ou não.
Infelizmente, existem aqueles que se predispõem a colocar suas próprias necessidades acima de tudo e de todos, e como estas pessoas são envolventes. Se é que posso dar um conselho: quando perceber que em qualquer relação esta sendo utilizado apenas como passatempo ou para obtenção de algum beneficio, fuja o quanto antes, porque quanto mais o tempo passar mais sofrimento existira depois.

sábado, 10 de setembro de 2011

Sera que você e preconceituoso?

O retrato usual que compomos do preconceituoso é o do sujeito que persegue e agride homossexual. Que desfere ofensas contra negros. Ou que acusa de indigno quem segue uma religião que não a sua. Mas o preconceito não existe só assim, tão explícito.
Ações e posturas recorrentes que revelam outra modalidade de discriminação: é uma forma sutil, manifestada muitas vezes sem que nos demos conta. É possível, sim, ser preconceituoso e nem saber.
Em tese, ninguém quer olhar no espelho e encontrar uma imagem censurável de si. As pessoas, portanto – ou ao menos a maioria delas, relutam em assumir preconceitos. Sobretudo em tempos de politicamente correto. Mas não deixam de rir quando escutam uma piada que faz chacota de determinado grupo, Eis, aí, esta que talvez seja a fonte mais comum do preconceito que passa despercebido, a situação (supostamente) de humor.
Não se trata de dizer que se deve ou não rir da piada. Mas, com o riso, estamos identificando um estereótipo e concordando com ele. Costumamos ter uma noção generalizada, pronta, sobre alguma classe, de modo que não enxergamos particularidades. O efeito: o indivíduo adota uma “verdade” como se fosse dele e não entende que ela é produção coletiva. Um preconceito interno, uma atitude psicológica individual, mas que decorre de estereótipos socialmente compartilhados.
Seríamos, então, menos tolerantes do que julgamos ser? No entendimento de especialistas no tema, sim. Umas das diferenciações estabelecidas por estudiosos, o preconceito flagrante versus o preconceito sutil. As denominações dizem tudo, e o segundo é precisamente aquele que tantas vezes cometemos sem ser “de caso pensado”. “Surge até de maneira involuntária, na brincadeira, no excesso de zelo”. O excesso de zelo é verificável com frequência no tratamento dispensado a portadores de deficiência. Mas tal confusão de sentidos surge como decorrência de uma vontade de superproteger, de acolher bem. Inapropriadamente bem: no limite, o exagero é sintoma da impressão de que o outro é menos capaz, a despeito do componente inconsciente, automático, irrefletido da atitude discriminatória.
Sem tolerância à diversidade o próprio exercício da democracia está comprometido. Com a ressalva de que o estabelecimento de relações igualitárias não significa a abolição das diferenças. Estas necessitam ser respeitadas não anuladas. Quando a gente pensa em democracia, a gente pensa em governo, voto. Claro que é importante, mas as questões da democracia passam por estabelecer a democracia em cada lugar. Escola, a família, relações na vizinhança. Isso passa por enfrentar e superar preconceitos de toda ordem.
A existência de pensamentos conservadores, de padrões, resulta em condutas preconceituosas, mesmo que não ostensivas. Vivemos uma contradição facilmente identificável: a sociedade cultua o individualismo, a singularidade, desde que não se saia do estabelecido. Apesar de esse preconceito discreto, e cotidiano, ter consequências menos graves (de imediato), ele se faz da mesma matéria do preconceito mais visível, violento.
Há outros muitos modos de se expressar a modalidade sutil e velada de discriminação. Desde ofensas dirigidas no trânsito – “tinha de ser mulher!”; “só podia ser um velho!” – a exigência de fotografias em currículos e opções na hora de adotar um filho.
Não se pode imaginar alguém que esteja livre de exercer, em absoluto, toda e qualquer espécie de preconceito, alguém que não tenha suas discriminações. Por sutil que elas sejam, porém, é recomendável a reflexão acerca de causas e desdobramentos. Eles se abatem tanto sobre a “vítima” (que vê reforçada sua adequação a um estereótipo nocivo) quanto sobre o “autor” (que tem limitada sua formação, na medida em que se mostra refratário ao entendimento e ao convívio com diferenças).Por trás do riso, se ele ocorrer, está o reforço de um estereótipo: a sutileza não elimina o preconceito.

Como somos mesquinhos

Fico espantando com a tamanha estupidez e falta de sensibilidade das pessoas! Ate mesmo alguém muito próximo, às vezes age de forma mesquinha ou acreditando que seus valores são superiores aos do outro. Questionar a vida ou os valores de alguém baseado apenas naquilo que achamos melhor, além se ser uma atitude preconceituosa, é agir de forma arrogante.
Quem ou o que determina que algo e melhor o pior para alguém? Acredito que somente a própria pessoa, desde que esteja centrada e vivendo e forma coerente e feliz dentro dos critérios de vida que resolveu seguir ou utilizar.
Temos o péssimo defeito de acreditar que nossa forma de vida ou nossos valores são os melhores, podemos ate pensar assim, só não temos o direito de questionar ou tenta impingir ao outro aquilo que achamos ser o melhor.
O mundo muda numa velocidade absurda, temos que aprender a mudar também, rever nossos valores, aprender a distinguir aquilo que pode ou não ser o melhor dentro do emaranhado de informações que recebemos.
Mas e o que seria o melhor? Se não me preocupar com meus valores mesquinhos seria tudo o que trás equilíbrio, bem estar e felicidade para alguém. Não importando o que seja, mas sendo algo ético (não uma ética retrograda e ultrapassada), e que valorize nosso crescimento como ser humano.
Já vivemos demais períodos de terror em função de tentar impingir ao outros nossos valores como os melhores e mais adequados, alias continuamos vivendo.
Não sei quando as pessoas perceberam que em suas teorias preconizam valores que quando postos em pratica mudam completamente de sentido, no fundo ainda continuamos vivendo num mundo em que não necessariamente as ideias são valorizadas, alias são sim, desde que estejam de acordo com aquilo que determinados grupos acham ser o melhor para a humanidade.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

É assim mesmo

A vida sempre nos prepara algumas surpresas, que costumam ser atribuídas ao destino, e chamadas simplesmente, de "coisas da vida". Nem sempre são apenas ocorrências eventuais, e devemos nos manter preparados para tais eventualidades, e por mais que saibamos disso, e estejamos preparados, algumas dessas surpresas nos deixam como que em estado de choque, e custamos a nos refazer de alguns golpes, independente do tipo de golpe que levamos, a tendência maior é apenas lamentar o que foi perdido, ao invés de procurar logo superar a crise, e seguir caminhando para frente. Passamos tempo demais lamentando as perdas, em vez de buscarmos uma saída para a crise.
Não entendo porque ficamos remoendo tanto, em vez de deixarmos de lado rapidamente, tempo corrido é tempo perdido! A melhor maneira de superar algo é ir tocando o barco e esquecer o incidente, bem como quem ou o que causou a mágoa. Ficar remoendo não resolve.
Então o que se devemos fazer é ficarmos aberto para a vida, não colocar uma tranca na porta, pois outras se abrirão. E se por acaso não acontecer, pelo menos a vida continua. Temos pressa de tudo, só que a vida não corre em nosso tempo, às vezes é bem rápida em outras muito lenta. Ficar lamentando o ocorrido, não vai resolver o problema, pelo contrário, não vai permitir que se veja todas as outras opções. Mais importante, é manter-se vivo e alerta. Não se entregar à dor. Não se limitar a lamentar o que perdeu, e pensar que existem muitas vitórias lhe esperando.
Memórias nos assombram até quando não queremos mais lembrar que vivemos aquilo. Mesmo momentos bons, depois de um tempo, fazemos questão de esquecer. Temos que viver e aprender a deixar as coisas que passaram para trás, mas no fundo parece que não é o que queremos. 

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

TUDO O QUE CHEGA, CHEGA SEMPRE POR ALGUMA RAZÃO...

1 – Eu não te amo pelo que tu és mas pelo que eu sou quando estou contigo
2 – Ninguém merece as tuas lágrimas e se alguém as merecer não te fará certamente chorar
3 – Se alguém não te amar como tu desejas, isso não quer dizer que essa pessoa não te ame com todo o seu coração
4 – O verdadeiro amigo é aquele que segura a tua mão e toca o teu coração
5 – A pior maneira de sentires a falta de alguém é sentares-te a seu lado e saberes que essa pessoa nunca estará a teu lado
6 – Não deixes de sorrir mesmo que estejas triste porque não sabes quem poderá apaixonar-se pelo teu sorriso
7 – Talvez para a generalidade das pessoas tu não sejas senão mais um, mas para certas pessoas és todo o mundo!
8 – Não percas tempo com quem não está disponível para passar algum tempo contigo
9 – Talvez Deus queira que tu conheças certas pessoas más antes de conheceres a pessoa certa para que tu possas ficar grato quando enfim a tiveres encontrado
10 – Não chores porque alguma coisa terminou, sorri porque aconteceu.....
11 – Haverá sempre alguém que te critica, mas continua a manter-te confiante e a dar atenção àqueles em quem confias
12 – Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te que sabem bem quem és tu antes de conheceres alguém e de esperares que eles vejam quem tu és
13 – Não corras demasiado, as melhores coisas chegam quando menos se espera!

TUDO O QUE CHEGA, CHEGA SEMPRE POR ALGUMA RAZÃO...