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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Acreditar não e tao fácil

Eu já errei. Já fingi um sorriso, já falei palavrões, já falei mal e já briguei, Mas nunca disse um “eu te amo” dá boca pra fora, eu posso fazer o que for, mas jamais vou iludir uma pessoa com falsas palavras, porque sei quanto machuca o coração.
Pensar não é uma tarefa fácil, principalmente devido ao forte apelo emocional que nossa constituição física e mental proporciona. Somos seres de emoção antes de qualquer coisa.
Sabemos que o raciocínio é influenciado em grande parte pela emoção e neste sentido o ato de pensar pode ser angustiante, motivando muitas pessoas a evitar tal prática.
O que identifica se uma afirmação é pensada ou negligenciada é a coerência e a conexão concreta com o mundo, neste sentido, quanto mais conectada com o mundo é uma afirmação, menor é a exigência de acreditarmos e maior é a possibilidade de comprovação. Acreditar e comprovar são os agentes que validam o pensamento.
A principal diferença entre uma crença e uma comprovação consiste no fato da comprovação exigir uma seqüência de fatos contextualizados enquanto que uma crença pode negligenciar as evidências.
Um termo muito usado para identificar erros do pensamento é chamado de falácia. Uma Falácia é uma afirmação pensada de maneira superficial, negligenciando as evidências, sendo fundamentada por crenças.
Muitas pessoas e instituições fazem um grande esforço para produzir erros de raciocínio aceitáveis, seja para vender um produto ou vencer uma discussão.
Fazer com que as pessoas sejam influenciadas por falácias é uma arte cada vez mais estudada e praticada no cotidiano. Hoje é consenso que a responsabilidade de não acreditar em afirmações propositadamente equivocadas é individual.  Alguns entendem que a responsabilidade não é de quem produz o engano e sim da pessoa que acredita.
Com tantas tentativas de influenciar as pessoas, torna-se importante ficar atento para identificar as falácias.
A melhor maneira de se proteger é sempre perguntando pelo conjunto de evidências e não aceitar apenas uma evidência como verdade.
Como as crenças estão intimamente associadas aos sentimentos e estes são porta de entrada para influenciar uma pessoa, geralmente os truques para criar uma ilusão usam da crença através de algumas das técnicas de persuasão.
Uma das maneiras de convencer alguém é através do seu sentimento por outra pessoa ou pela autoridade no qual tenha adquirido confiança. Neste sentido, ao receber a informação de alguém que você gosta ou que acredita, é possível que ocorra menor questionamento sem o exercício de identificação de possíveis falácias.
Quando alguém acredita em algo, está apenas manifestando um sentimento e não um conjunto contextualizado de evidências.
Tentar fazer você acreditar em algo consiste em motivar sentimentos e criar uma ilusão onde a pessoa terá dificuldades em ficar atento para as inconsistências e não conseguirá questionar adequadamente certas afirmações.
Para se proteger deste tipo de influência é aconselhável perguntar sobre suas emoções frente alguma afirmação. Observe se é necessário confiar/acreditar no que é afirmado ou existem e são demonstradas evidências concretas.
Para influenciar é importante criar distrações. Normalmente se insere falácias dentro de polêmicas e dramatizações. Isso ocorre devido ao fato da pessoa acabar prestando mais atenção ao que é polêmico ou dramático e desta forma não percebe algumas inconsistências do que é afirmado.
Não se deixe influenciar, busque pelo conjunto de evidências e observe atentamente o contexto das afirmações.