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sábado, 27 de agosto de 2011

Quero


Quero tudo novo de novo.
Quero não sentir medo.
Quero me entregar mais, me jogar mais, amar mais.
Viajar até cansar. 
Quero sair pelo mundo.
Quero fins de semana de praia.
Aproveitar os amigos e abraçá-los mais.
Quero ver mais filmes e comer mais pipoca, ler mais. Sair mais. 
Quero um trabalho novo.
Quero não me atrasar tanto, nem me preocupar tanto.
Quero ter momentos de paz. 
Quero dançar mais.
Comer mais brigadeiro de panela, acordar mais cedo e economizar mais.
Sorrir mais, chorar menos e ajudar mais.
Pensar mais e pensar menos.
Andar mais de bicicleta. Ir mais vezes ao parque.
Quero ser feliz, quero sossego, quero uma tatuagem.
Quero me olhar mais. Cortar mais os cabelos.
Tomar mais sol e mais banho de chuva. Preciso me concentrar mais, delirar mais.
Não quero esperar mais, quero fazer mais, suar mais, cantar mais e mais.
Quero conhecer mais pessoas. Quero olhar para frente e só o necessário para trás.
Quero olhar nos olhos do que me fez sofrer e sorrir e abraçar, sem mágoa.
Quero pedir menos desculpas, sentir menos culpa. Quero mais chão, pouco vão e mais bolinhas de sabão.
Quero aceitar menos, indagar mais, ousar mais. Experimentar mais. 
Quero menos “mas”. 
Quero não sentir tanta saudade. 
Quero mais e tudo o mais.

“E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha"

Tristeza e depressão


Remédios antidepressivos podem ser usados para resolver tanto um quadro clínico mais grave de depressão como também alguns problemas os quais todos passamos: a perda de um emprego, o fim de um relacionamento, ou mesmo a morte de uma pessoa querida. Portanto não é surpresa que tantas pessoas usem remédios antidepressivos.
Mas será que isso é mesmo uma boa ideia? Um número cada vez maior de pesquisadores na saúde mental vem dizendo que não. O que se teme é que ao se tratar uma tristeza normal como se fosse uma doença estaríamos perdendo uma parte crucial da biologia. A tristeza, eles argumentam, serve a um propósito evolucionário.
Por outro lado muitos psiquiatras dizem que não. A tristeza tem o sórdido hábito de se transformar em depressão. Mesmo quando as pessoas estão tristes por uma boa razão, elas têm o direito de usar remédios para se sentirem melhores se for o que elas querem.
Mas então quem está certo? A tristeza é algo que podemos viver sem ou é uma parte crucial da condição humana?
Existe uma dificuldade em trazer grandes evidências da importância da tristeza nos seres humanos, mas existem muitas ideias sobre o porquê de nossa propensão a nos sentirmos tristes.
Será que a tristeza teria uma função futura: ela nos ensina a aprender com os erros?
Ou uma grande depressão pode nos salvar dos efeitos do stress em longo prazo. Desta forma ela seria um modo de dizermos aos outros membros da comunidade que precisamos de ajuda.
Existe, também, a noção de que a criatividade está ligada ao humor triste. Não é pequena a lista de artistas, escritores e músicos que sofrem de depressão ou transtorno bipolar. Especialistas sugerem que uma resposta negativa faz a pessoa ponderar a sua experiência infeliz o que permite que o subconsciente criativo venha à tona ou que a pessoa trabalhe para evitar essa sensação ruim no futuro.
Portanto muitas vezes a tristeza, que é considerada um grande mal nesse inicio de século, pode ser parte essencial de nossa condição humana e a melhor forma de nos fazer superar nossos erros
Como podemos então distinguir uma da outra? Será a tristeza o princípio da depressão?
A depressão é uma doença dos nossos tempos. Aliás, tornou-se não apenas a maior epidemia do século XXI, como passou a ser utilizada de forma imprecisa e quase abusiva. E com isto, os momentos de tristeza passaram a ser classificados como fazendo parte de uma depressão.
Antes de mais, é preciso perceber que existe uma enorme diferença entre tristeza e depressão, pois enquanto a primeira faz parte da vida e dos ciclos que atravessamos, a segunda é sinónimo de doença grave e, nalguns casos, incapacitante.
Com o avanço dos remédios antidepressivos, a tristeza tornou-se um sentimento evitável e a cada dia cresce o número de pessoas que procuram tomar medicação para ultrapassar os momentos difíceis da vida. No entanto, esta atitude é para alguns errada e mal interpretada.
O ideal não é fazer a tristeza desaparecer com o uso de remédios. Isto porque, a tristeza não é uma doença mas sim, uma reação normal perante uma situação de perda, decepção ou frustração.
Viver a tristeza permite que possamos aprender a aceitar as perdas e nos organizemos internamente, podendo superar as fases de maior dificuldade de maneira saudável.
A depressão, por outro lado, é um distúrbio cujas características vão muito para além da tristeza. Quando se está deprimido, predomina o sentimento de infelicidade, mesmo sem causa aparente. Perde-se o gozo em quase todas as situações, mesmo as que anteriormente davam o maior prazer! Deixa-se de conviver com os amigos e familiares, e procura-se o isolamento como forma de vida. Aliado a isso, perda de concentração, por vezes ganho excessivo de peso, dores no corpo, ansiedade e irritação. Por todas estas características, a depressão é uma doença altamente incapacitante e que requer ajuda profissional para ser controlada.
Como se nota, tristeza e depressão não são sinónimos. Por mais que o sentimento de tristeza seja penoso, é necessário para a superação das dificuldades. O mesmo não se pode dizer da depressão que, caso não seja tratada, pode comprometer toda a saúde física e mental.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Vida - Augusto Branco


Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas
que eu nunca pensei que iriam me decepcionar,
mas também já decepcionei alguém.

Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
e amigos que eu nunca mais vi.

Amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.

Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
e quebrei a cara muitas vezes!

Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).

Mas vivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida.
E você também não deveria passar!

Viva!!

Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é "muito" para ser insignificante.