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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Por falar em frustração

Precisamos ficar atento com nossas emoções, pois a mente é rápida em gerar certas âncoras mentais que acabam nos fazendo ficar parados numa mesma situação por muito tempo, muitas vezes mais frustrados que outra coisa.
Falar em frustração não significa falar de algo doentio, mórbido. A frustração, é uma ocorrência universal e comum a todas as pessoas conscientes das condições de sua existência, significa algo necessário ao amadurecimento e, conseqüentemente, ao desenvolvimento do sujeito, de sua relação com a sua realidade, com os outros e consigo próprio.

O ser humano, tal como os animais superiores, tende a fugir da dor e se aproximar do prazer. Portanto, há sempre uma pretensiosa tentativa de suprimir o sofrimento das frustrações ou das perdas. Entre as várias maneiras que o ser humano usa para essa fuga da dor, incluindo os mecanismos de defesa, as negações, compensações, etc, tudo isso como parte um leque de recursos interiores, recorre-se também à ajuda externa, algo de fora da pessoa.

Porém, não são poucas as hipóteses de ser saudável e até desejável, vivenciar os sentimentos proporcionados pelas adversidades da vida, pelas dificuldades e frustrações das relações humanas. Parece que quando existe excesso de investimento psicoterápico, excesso de intervenções farmacológicas, super proteção familiar, enfim, qualquer esforço sociocultural no sentido de dissimular e minimizar os sentimentos próprios dessas frustrações naturais da vida, a pessoa poderá não desenvolver a necessária capacidade de superar dificuldades existenciais.

Vivenciar perdas, experimentar a melancolia e a tristeza diante das frustrações são processos importantes para o amadurecimento psíquico e aprimoramento das relações sociais. A Depressão não pode ser compreendida como sinônimo do sentimento de tristeza e melancolia que qualquer pessoa experimenta diante das dificuldades e frustrações, mas sim, como um quadro patológico próprio e específico, relativamente emancipado dos eventos existenciais.

Experiência de vida

Durante toda nossa vida, os fatos ou acontecimentos vividos por nós serão nossas experiências de vida e passarão a fazer parte de nossa consciência. Dos fatos e acontecimentos teremos lembranças e sentimentos, assim como também teremos lembranças desses sentimentos, portanto, lembraremos não apenas nossas experiências de vida mas, também, lembraremos se elas foram agradáveis ou não, prazerosas ou não.
Embora diferentes pessoas possam viver mesmos fatos e acontecimentos, cada uma delas sentirá tais fatos e acontecimentos de maneira diferente e pessoal, também vivencia afetiva deste acontecimento ira variar.
Certas pessoas terão um juízo pessimista, uma avaliação negativa de si mesma, ou seja, trata-se de uma Afetividade que representa negativamente para a própria pessoa o seu próprio eu. Se a pessoa está se vendo pior do que é de fato, então afetivamente não está bem. Por sua vez, também faz com que a pessoa se sinta e se ache pior do que realmente é. Isso produz insegurança e rebaixa a auto-estima. Novamente aqui a Afetividade representa negativamente a pessoa para si mesma. A avaliação negativa de si mesmo, achar que a vida não vale à pena, que a realidade é sofrível, sentir medo exagerado, achar-se doente e toda sorte de pensamentos ruins resultam do Afeto alterado.
E como sabemos exatamente nosso próprio tamanho? Quem diz se somos grandes ou pequenos, fortes ou fracos, espertos ou não, superiores ou não ao adversário será nossa Afetividade, esse apetrecho psíquico que dá valor a tudo em nossa vida e, principalmente, nos dá o valor de nós mesmos.
O ser humano sempre viveu diante do dilema entre aquilo que ele quer realmente fazer, aquilo que ele deve fazer e aquilo que ele consegue fazer. Portanto, nem sempre estamos fazendo aquilo que queremos, muitas vezes não queremos fazer aquilo que devemos, outras vezes queremos e devemos fazer aquilo que não conseguimos. Enfim, estamos constantemente diante desse conflito.
Essa situação não diz respeito apenas às questões de nossa vida prática, diz respeito também aos nossos sentimentos. Se devemos gostar ou não de determinada pessoa, gostar ou não de determinada atitude nem sempre obedece ao fato de querermos gostar ou não. Às vezes odiamos ou gostamos mesmo não querendo, outras vezes mesmo não devendo, outras vezes ainda, mesmo devendo e querendo não conseguimos.
Como vimos, todos nós estamos sujeitos ao Conflito, pois, nem sempre estamos plenamente felizes com nossa situação atual. Na verdade, é quase impossível uma pessoa consciente viver sem nenhum Conflito.
Na saúde emocional conseguimos conviver bem com nossos Conflitos, conseguimos viver bem apesar de nossos Conflitos. Entretanto, estando a Afetividade comprometida, podemos sucumbir a esses Conflitos.
Outras vezes a Afetividade depressiva ou esgotada mexe e remexe no baú de nosso psiquismo. Fatos, Vivências, Conflitos e traumas praticamente esquecidos voltam à tona, incomodam e torturam. 

sábado, 24 de setembro de 2011

Porque Escrevo?


Vergílio Ferreira
Escrever. Porque escrevo? Escrevo para criar um espaço habitável da minha necessidade, do que me oprime, do que é difícil e excessivo. Escrevo porque o encantamento e a maravilha são verdade e a sua sedução é mais forte do que eu. Escrevo porque o erro, a degradação e a injustiça não devem ter razão. Escrevo para tornar possível a realidade, os lugares, tempos que esperam que a minha escrita os desperte do seu modo confuso de serem. E para evocar e fixar o percurso que realizei as terras, gentes e tudo o que vivi e que só na escrita eu posso reconhecer, por nela recuperarem a sua essencialidade, a sua verdade emotiva, que é a primeira e a última que nos liga ao mundo. Escrevo para tornar visível o mistério das coisas. Escrevo para ser. Escrevo sem razão.
Bruno Tolentino
“Digamos que escrevo para tentar separar o mundo-como-tal do mundo-como-ideia. Claro? Bem, talvez tenha outras motivações menos conscientes, mas não tenho melhor justificativa para exercer um ofício tão perigoso… Imaginar-se autor parece-me tamanha petulância que desde que me entendo tento fingir que sirvo para alguma coisa!”
Adélia Prado
“Boa pergunta. É necessário que eu escreva, acho que é uma necessidade divina de mostrar a Sua face, o espírito quer ser adorado, ele quer ser visto. Deus precisa fatalmente de mostrar a Sua face e a arte é uma mediação para a divindade. Então, neste caso, tenho que ser dócil a este desejo divino. Não obedecer a isto é pecar, é um pecado capital, eu não sou dona disto, não posso falar: não vou escrever mais, isto seria o máximo do orgulho, então eu tenho que escrever.”
Millor Fernandes
“Escrevo porque escrevo, se me pagassem eu só falava
Pergunta feita a todos os escritores, desde o princípio dos tempos, antes mesmo da invenção da escrita: Por que você escreve? E eu respondo.Imitando o dito popular dipsomaníaco: “Bebo porque é líquido, se fosse sólido eu comia” atribuído a todo mundo porque não é de ninguém (provavelmente foi dito pelo primeiro bêbado), eu esclareço: “Escrevo porque escrevo, se me pagassem eu só falava”.
Nunca procurei, pleiteei, um emprego na vida. Quando vi me pagavam pelo que eu batia à maquina (é, já havia a máquina datilográfica, sucessora gloriosa da caneta-tinteiro, substituta da caneta, do tinteiro e do mata-borrão!!! Por pouco não peguei a pena de ganso) e muito até. Dava pra pagar a pensão, pelos versinhos gloriosos das GAROTAS do Alceu, quem quiser saber o que é, ou era, isso, que pesquise. Ia escrevendo, e o que saia, vendia. Ás vezes já maluco, psicodélico, contestatório, surrealista. Tudo, naturalmente, sem saber.”
Clarice Lispector
“Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando…”“Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada”“É preciso coragem. Uma coragem danada. Muita coragem é o que eu preciso. Sinto-me tão desamparada, preciso tanto de proteção…porque parece que sou portadora de uma coisa muito pesada. Sei lá porque escrevo! Que fatalidade é esta?”
Hilda Hilst
“Essa bobagem de sexo na velhice não atinge o poeta. Escrevo justamente para não envelhecer. Posso ter 70 ou 80 anos, vou continuar erótica. A imaginação vai assumindo o controle das lembranças e ninguém segura. Sei respeitar a ausência do amado e ainda assim desejá-lo. ‘Desperdicei meu corpo para aliviar minha alma’, acho que escutei isso num filme.”
José Inácio Vieira de Melo
Escrevo para poder continuar vivo, para preencher o imenso deserto do meu ser com os eus que vou inventando. Escrevo porque sofro de uma praga sagrada: a poesia. Escrevo porque se parar de escrever deixo de existir. Escrevo para matar a besta e decifrar o enigma. Escrevo o meu enigma. Escrevo porque é minha oração e meu paradigma. Escrevo para me proteger dos coices desses cavalos. Escrevo para encontrar a salvação no Vale de Josafá, no Vale do Jequitinhonha, em Jericó ou em Maracás. Escrevo porque escrevo. Escrevo porque tenho fome.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Por que somos usados?

Às vezes a vida pode parecer uma piada ou estranha, mas não é. Por mais difícil que seja de acreditar, as pessoas nos surpreendem a cada instante em que com elas convivemos, mudam a cada momento. O que será que elas querem? Quando conhecemos alguém, costuma-se não dar muita atenção ao que se fala dessa pessoa. A melhor forma e irmos conhecendo a pessoa e descobrir quem ela é verdadeiramente.
É chato se aproximar de uma pessoa com pré-conceitos elaborados. Assim não damos chances para que a pessoa se mostre. A primeira imagem geralmente é a que fica e ela marca a pessoa em nós. Quando nos lembramos de alguém, lembramo-nos da primeira impressão. Muitas pessoas, não todas, usam da boa imagem, da boa impressão com outras intenções. Aproximam-se de nós com rapidez e facilidade parecendo às melhores e maiores amigos. Ouvem-nos, nos aconselham, sorriem e brincam conosco, nos fazem rir e se divertem com a nossa companhia.
Mas o coração delas onde será que está?Aproveitam-se da nossa inocência ou ignorância para tirar proveito. No momento você é a melhor pessoa do mundo para ela. Precisando de algo, ela recorre a você. Tudo é lindo, maravilhoso. Mas, ai passa-se alguns dias ou semanas e de repente você se depara diante de uma situação complicada. Então você recorre com toda confiança a esta pessoa que assim como você a ajudou, tem a certeza que ela te ajudará. Mas na da acontece, você tenta não a reciprocidade não existe, você percebe que sua utilidade para algumas pessoas, só chega ate onde elas querem e de acordo com aquilo que elas desejam.
Aprendemos a confiar nas pessoas e que com os sentimentos dos outros não se brinca. Se outra pessoa chorar, eu deveria consolar chorar junto ou me calar. Rir é muito feio. Mas, de repente, a pessoa que me chamara de amigo, que ligava para mim sempre e vivia me procurando, não mais se importa comigo. O que será que está acontecendo? Você pensa: vai ver que naquele dia a pessoa esta muito ocupada ou um pouco triste. Também é humano e pode vir a sofrer. Meus sentimentos e pressentimentos apontavam que alguma coisa estava errada, porém, a minha razão dizia, ou me fazia crer que não. Você tenta mais uma vez, ai então tudo o que acreditava caiu por terra. Os pressentimentos se confirmaram. O que você acreditava perdeu sentido. As crenças que te sustentam parece invalidar-se. A vida, por um momento perde o sentido. Ai a dura e cruel realidade ganha força: Pessoas nos usam.
Mas por que! Onde foi que errei? Por que tem que ser assim? Por que tem que ser comigo? Ai, depois de algumas horas vem à lembrança do que um dia me disseram: “As pessoas não prestam. Ou você as usa ou elas usam você”. Viu! É verdade! Do que adianta acreditar nas pessoas! Toda hora vem o pensamento: Meu Deus, por que isso? Por que as pessoas fazem isso? Por que elas são assim?Agora a melhor coisa a ser feita é silenciar. Deixar o tempo passar um pouco. Suportar a dor e erguer a cabeça, pois a vida continua. Foi apenas uma queda. E você acaba mudando e aprende a não confiar tanto nas pessoas.
Deixe o tempo passar. Esquecer parece impossível. Continuar acreditando na sinceridade das pessoas e na amizade parece impossível. Tudo o que construímos há anos, desaba, porque você acredita com o coração e com a razão. Mas o mundo real nem sempre esta de acordo com seus pensamentos. Agora, depois de alguns dias esse triste acontecimento faz gerar reflexões sobre a vida, a amizade, e seu valor. Ira perceber que nem sempre o que imagina ou percebe nos primeiros contatos é a verdade, que muitas vezes fantasiamos mais do que realmente existe, criamos a ilusão do perfeito para suprir algo que necessitamos naquele momento. Só que a realidade ira nos mostrar se nos enganamos nessas primeiras impressões ou não.
Infelizmente, existem aqueles que se predispõem a colocar suas próprias necessidades acima de tudo e de todos, e como estas pessoas são envolventes. Se é que posso dar um conselho: quando perceber que em qualquer relação esta sendo utilizado apenas como passatempo ou para obtenção de algum beneficio, fuja o quanto antes, porque quanto mais o tempo passar mais sofrimento existira depois.

sábado, 10 de setembro de 2011

Sera que você e preconceituoso?

O retrato usual que compomos do preconceituoso é o do sujeito que persegue e agride homossexual. Que desfere ofensas contra negros. Ou que acusa de indigno quem segue uma religião que não a sua. Mas o preconceito não existe só assim, tão explícito.
Ações e posturas recorrentes que revelam outra modalidade de discriminação: é uma forma sutil, manifestada muitas vezes sem que nos demos conta. É possível, sim, ser preconceituoso e nem saber.
Em tese, ninguém quer olhar no espelho e encontrar uma imagem censurável de si. As pessoas, portanto – ou ao menos a maioria delas, relutam em assumir preconceitos. Sobretudo em tempos de politicamente correto. Mas não deixam de rir quando escutam uma piada que faz chacota de determinado grupo, Eis, aí, esta que talvez seja a fonte mais comum do preconceito que passa despercebido, a situação (supostamente) de humor.
Não se trata de dizer que se deve ou não rir da piada. Mas, com o riso, estamos identificando um estereótipo e concordando com ele. Costumamos ter uma noção generalizada, pronta, sobre alguma classe, de modo que não enxergamos particularidades. O efeito: o indivíduo adota uma “verdade” como se fosse dele e não entende que ela é produção coletiva. Um preconceito interno, uma atitude psicológica individual, mas que decorre de estereótipos socialmente compartilhados.
Seríamos, então, menos tolerantes do que julgamos ser? No entendimento de especialistas no tema, sim. Umas das diferenciações estabelecidas por estudiosos, o preconceito flagrante versus o preconceito sutil. As denominações dizem tudo, e o segundo é precisamente aquele que tantas vezes cometemos sem ser “de caso pensado”. “Surge até de maneira involuntária, na brincadeira, no excesso de zelo”. O excesso de zelo é verificável com frequência no tratamento dispensado a portadores de deficiência. Mas tal confusão de sentidos surge como decorrência de uma vontade de superproteger, de acolher bem. Inapropriadamente bem: no limite, o exagero é sintoma da impressão de que o outro é menos capaz, a despeito do componente inconsciente, automático, irrefletido da atitude discriminatória.
Sem tolerância à diversidade o próprio exercício da democracia está comprometido. Com a ressalva de que o estabelecimento de relações igualitárias não significa a abolição das diferenças. Estas necessitam ser respeitadas não anuladas. Quando a gente pensa em democracia, a gente pensa em governo, voto. Claro que é importante, mas as questões da democracia passam por estabelecer a democracia em cada lugar. Escola, a família, relações na vizinhança. Isso passa por enfrentar e superar preconceitos de toda ordem.
A existência de pensamentos conservadores, de padrões, resulta em condutas preconceituosas, mesmo que não ostensivas. Vivemos uma contradição facilmente identificável: a sociedade cultua o individualismo, a singularidade, desde que não se saia do estabelecido. Apesar de esse preconceito discreto, e cotidiano, ter consequências menos graves (de imediato), ele se faz da mesma matéria do preconceito mais visível, violento.
Há outros muitos modos de se expressar a modalidade sutil e velada de discriminação. Desde ofensas dirigidas no trânsito – “tinha de ser mulher!”; “só podia ser um velho!” – a exigência de fotografias em currículos e opções na hora de adotar um filho.
Não se pode imaginar alguém que esteja livre de exercer, em absoluto, toda e qualquer espécie de preconceito, alguém que não tenha suas discriminações. Por sutil que elas sejam, porém, é recomendável a reflexão acerca de causas e desdobramentos. Eles se abatem tanto sobre a “vítima” (que vê reforçada sua adequação a um estereótipo nocivo) quanto sobre o “autor” (que tem limitada sua formação, na medida em que se mostra refratário ao entendimento e ao convívio com diferenças).Por trás do riso, se ele ocorrer, está o reforço de um estereótipo: a sutileza não elimina o preconceito.

Como somos mesquinhos

Fico espantando com a tamanha estupidez e falta de sensibilidade das pessoas! Ate mesmo alguém muito próximo, às vezes age de forma mesquinha ou acreditando que seus valores são superiores aos do outro. Questionar a vida ou os valores de alguém baseado apenas naquilo que achamos melhor, além se ser uma atitude preconceituosa, é agir de forma arrogante.
Quem ou o que determina que algo e melhor o pior para alguém? Acredito que somente a própria pessoa, desde que esteja centrada e vivendo e forma coerente e feliz dentro dos critérios de vida que resolveu seguir ou utilizar.
Temos o péssimo defeito de acreditar que nossa forma de vida ou nossos valores são os melhores, podemos ate pensar assim, só não temos o direito de questionar ou tenta impingir ao outro aquilo que achamos ser o melhor.
O mundo muda numa velocidade absurda, temos que aprender a mudar também, rever nossos valores, aprender a distinguir aquilo que pode ou não ser o melhor dentro do emaranhado de informações que recebemos.
Mas e o que seria o melhor? Se não me preocupar com meus valores mesquinhos seria tudo o que trás equilíbrio, bem estar e felicidade para alguém. Não importando o que seja, mas sendo algo ético (não uma ética retrograda e ultrapassada), e que valorize nosso crescimento como ser humano.
Já vivemos demais períodos de terror em função de tentar impingir ao outros nossos valores como os melhores e mais adequados, alias continuamos vivendo.
Não sei quando as pessoas perceberam que em suas teorias preconizam valores que quando postos em pratica mudam completamente de sentido, no fundo ainda continuamos vivendo num mundo em que não necessariamente as ideias são valorizadas, alias são sim, desde que estejam de acordo com aquilo que determinados grupos acham ser o melhor para a humanidade.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

É assim mesmo

A vida sempre nos prepara algumas surpresas, que costumam ser atribuídas ao destino, e chamadas simplesmente, de "coisas da vida". Nem sempre são apenas ocorrências eventuais, e devemos nos manter preparados para tais eventualidades, e por mais que saibamos disso, e estejamos preparados, algumas dessas surpresas nos deixam como que em estado de choque, e custamos a nos refazer de alguns golpes, independente do tipo de golpe que levamos, a tendência maior é apenas lamentar o que foi perdido, ao invés de procurar logo superar a crise, e seguir caminhando para frente. Passamos tempo demais lamentando as perdas, em vez de buscarmos uma saída para a crise.
Não entendo porque ficamos remoendo tanto, em vez de deixarmos de lado rapidamente, tempo corrido é tempo perdido! A melhor maneira de superar algo é ir tocando o barco e esquecer o incidente, bem como quem ou o que causou a mágoa. Ficar remoendo não resolve.
Então o que se devemos fazer é ficarmos aberto para a vida, não colocar uma tranca na porta, pois outras se abrirão. E se por acaso não acontecer, pelo menos a vida continua. Temos pressa de tudo, só que a vida não corre em nosso tempo, às vezes é bem rápida em outras muito lenta. Ficar lamentando o ocorrido, não vai resolver o problema, pelo contrário, não vai permitir que se veja todas as outras opções. Mais importante, é manter-se vivo e alerta. Não se entregar à dor. Não se limitar a lamentar o que perdeu, e pensar que existem muitas vitórias lhe esperando.
Memórias nos assombram até quando não queremos mais lembrar que vivemos aquilo. Mesmo momentos bons, depois de um tempo, fazemos questão de esquecer. Temos que viver e aprender a deixar as coisas que passaram para trás, mas no fundo parece que não é o que queremos. 

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

TUDO O QUE CHEGA, CHEGA SEMPRE POR ALGUMA RAZÃO...

1 – Eu não te amo pelo que tu és mas pelo que eu sou quando estou contigo
2 – Ninguém merece as tuas lágrimas e se alguém as merecer não te fará certamente chorar
3 – Se alguém não te amar como tu desejas, isso não quer dizer que essa pessoa não te ame com todo o seu coração
4 – O verdadeiro amigo é aquele que segura a tua mão e toca o teu coração
5 – A pior maneira de sentires a falta de alguém é sentares-te a seu lado e saberes que essa pessoa nunca estará a teu lado
6 – Não deixes de sorrir mesmo que estejas triste porque não sabes quem poderá apaixonar-se pelo teu sorriso
7 – Talvez para a generalidade das pessoas tu não sejas senão mais um, mas para certas pessoas és todo o mundo!
8 – Não percas tempo com quem não está disponível para passar algum tempo contigo
9 – Talvez Deus queira que tu conheças certas pessoas más antes de conheceres a pessoa certa para que tu possas ficar grato quando enfim a tiveres encontrado
10 – Não chores porque alguma coisa terminou, sorri porque aconteceu.....
11 – Haverá sempre alguém que te critica, mas continua a manter-te confiante e a dar atenção àqueles em quem confias
12 – Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te que sabem bem quem és tu antes de conheceres alguém e de esperares que eles vejam quem tu és
13 – Não corras demasiado, as melhores coisas chegam quando menos se espera!

TUDO O QUE CHEGA, CHEGA SEMPRE POR ALGUMA RAZÃO...

Mude a sua história

Pessoas são interessantes, mesmo em suas limitações e falhas. Eu aprendo muito observando e convivendo com elas. Cada vida é uma história rica em experiências para aprendizado. As pessoas são como um livro, mas nem sempre um livro fácil de entender, pior ainda quando a própria pessoa não entende o roteiro de sua vida.
Quando não se percebe que você pode mudar a sua história, mudar o rumo de sua vida. Uma situação ruim ou traumática pode acabar se tornando o agente catalisador necessário para você mudar a sua vida para o melhor. São durante os momentos de dor e de descontrole que somos colocados cara a cara com nossa própria realidade e é justamente nesse momento que temos a opção de virar o jogo, erguer a cabeça, superar os nossos limites e mudar a nossa história.
Somente quando você olhar para o seu interior, e buscar o entendimento e desejo de ser melhor, se livrando da bagagem negativa que você tem carregado e sobrecarregado os outros a sua volta, você poderá iniciar a escrever sua nova história. A história que você sempre desejou ter. Podemos continuar com medos e traumas ou vencê-los.
Interessante que muitas vezes mudamos a nossa e de muita gente a nossa volta, efeito cascata, quando conseguimos modificar determinado aspecto de nossa vida que não esta indo bem ou que nos trás dificuldades, na maioria das vezes mudamos também a forma de nos relacionarmos com as pessoas a nossa volta.
Para que esperar mais alguns dias até a outra segunda-feira se você pode começar a mudar agora? Para que seguir a rotina diária, se hoje você pode fazer valer a pena seu dia, se hoje você pode mudar sua história?
Portanto não espere até amanhã para recomeçar, viva o hoje, mude, questione, recomece! Não é a virada do mês, um novo dia ou um novo ano que vai fazer sua vida mudar, é você que tem poder de mudar sua história. Seja mais que um na multidão, sorria mais, não somente exista viva! O mundo muda, quando você muda.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Quem compra caráter?

Conversado com um amigo outro dia, falamos sobre pessoas que vivem para acumular, seja o que for dinheiro, prestigio, bens, etc. Acabamos por sentir pena de gente assim, que numa parte de sua vida que deveria estar aproveitando tudo o que já conseguiram, estão cada vez, mas presos a uma maquina compressora e somente perceberão a besteira que estão fazendo quando o pior acontecer. Parece que vivem numa ilusão de que tudo é eterno, inclusive eles.

Parece conversa de pobre mentido a besta, mas uma coisa tenho certeza, nem todo dinheiro do mundo permite que você se sinta feliz, se não estiver disposto a fazer concessões e se relacionar de maneira correta e harmônica, com quem o cerca, nada pode substituir a dignidade nas relações, nem ser trocado por valores, caráter não se compra.

Viver é acumular pessoas, sentimentos, sensações e dias vividos. Viver nunca é se desfazer completamente daquilo e daqueles que entraram nas nossas vidas.  Resta a nós decidir o que de bom aproveitar.

Viver é acumular! Não bens materiais, porque se não for assim, só vai te restar o vazio dos espaços que deveriam ter sido preenchidos e a solidão em sua cobertura tríplex de frente para o mar.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Sentindo-se culpado

Sentindo-se culpado, idéias para ajudar a lidar com sentimentos de culpa.

A culpa é um estado emocional comum nos seres humanos, aprendemos a sentir-se culpado das crianças. 

Muitas vezes nos relacionamentos com os outros será usada a culpa por algumas pessoas para fazer o que os outros querem. Na família, na escola, no trabalho, no casamento. O uso de culpa muitas vezes é consciente ou inconscientemente.
A falha ocorre quando há um contraste entre o que nós temos o comportamento ideal e o que é feito na realidade.

A culpa leva a um mal-estar que pode ser devastador para a pessoa. Ansiedade depressão , distúrbios alimentares, vícios.

Todos nós cometemos erros, absolutamente todos. 

Uma das técnicas de manejo mais comum é fazer com que outra pessoa se sinta culpada, a fim de obter algo. Assumindo os erros e tentar corrigi-los é uma coisa, se sentir culpada por algo que aconteceu e não pode alterá-lo é outra.

Idéias que nos ajudam a lidar com a culpa.

1 - Reconheça seus erros e por que você se sente culpado. Se você pode alterá-lo ou melhorá-lo, faça. Se você não pode mudar ou melhorar o que você sente: culpa?

2-Todos têm o direito de estar errado

3-Se alguém faz você se sentir culpado descubra o que te trás esta culpa?


Não deixe que ninguém (inclusive você mesmo) faça você se sentir mal com a falha. Se você se sente culpado por alguma coisa, haja sobre ele (itens 1 e 2). Se você fez e ainda se sente mal procura a ajuda de um profissional. Às vezes você precisa de um guia para superar os conflitos internos. 

Continuamente sentimento de culpa pode ter efeitos na sua saúde física e mental.

Depressão e dores passadas

Será que uma pessoa pode estar tentando se punir? Como entender que pode haver uma autopunição em certas pessoas? Elas se punem por quê?
O inicio de quadro de depressão caracteriza-se por tristeza profunda, desânimo, idéias negativas, pessimistas, às vezes irritação, choro fácil ou bloqueio do chorar (quando então a pessoa experimenta uma forte angústia no peito, que é o choro preso), desprazer em estar com as pessoas, sente-se pior pela manhã, tendo dificuldade para levantar da cama, insônia, às vezes idéias suicidas (porque a pessoa não vê solução para seu sofrimento), etc.
A depressão pode surgir em função de perdas. Perdas reais ou imaginárias, parciais ou totais, temporárias ou definitivas. Pode-se juntar a esta perda a que foi trazida da infância na qual também ocorreram frustrações na família de origem. A perda da infância pode ser vivida de forma inconsciente e a pessoa viver no presente como se a dor do passado não tivesse mais nenhuma relação com a atual, nem toda dor emocional do passado mal resolvida é consciente. Alia-se à esta perda infantil, a perda atual. Daí surge acúmulo de dor que pode se tornar insuportável.
O que você faz quando surge dor física? Toma um analgésico, um comprimido, um líquido, uma injeção, um chá, uma pomada, uma compressa, ou gelo. E quando a dor é emocional? Você pode tomar medicamentos, dormir demais, se drogar, fingir que não há dor, trabalhar demais, punir a pessoa que o frustrou. E como pode punir? Privando-a de afeto, se tornando fria, indiferente, agressiva. Pode trair, se isolar, privar a pessoa de sexo, abandoná-la, pode se dedicar exageradamente a outro membro da família, etc.
A pessoa frustrada, carente de afeto e de valorização, pode ter razão em se sentir magoada e ferida porque pode ter sido privada de atitudes que gerariam autovalor. E autovalorização é uma necessidade humana básica. Quando há perturbação da formação dela por causa de um problema anterior, o indivíduo pode recorrer a métodos não construtivos para a formação da necessária autovalorização. Pode buscar a coisa positiva, de maneira negativa, destrutiva.
Se a pessoa está num caminho errado, que sua consciência condena, ela terá culpa inevitavelmente. Culpa real. Pode se sentir péssima consigo e passar a não só punir o outro que a frustrou, como pode punir a si própria.

A depressão pode ser, portanto, uma forma da pessoa manifestar uma autopunição (resultado da culpa real) por ter buscado métodos errados de punir aquele que o frustrou. Ela pode ficar nisso o tempo todo, num círculo vicioso.
Só há uma saída reestruturar sua estrutura de vida ,livrando-se dos métodos errados utilizados para busca do autovalor, instaurando relacionamentos sadios com o mundo que a cerca, aprendendo a lidar com a dor e fugindo dos métodos destrutivos.

Medo do acerto

A maior parte das escolhas de nossa vida são fortemente influenciadas por algum desejo. Diariamente fazemos centenas de escolhas, ainda que irrelevantes, que derivam de alguma vontade; e na maioria das vezes nos tornamos insatisfeitos com essas decisões.
Alimentado pela falta de impulsão e coragem, o medo de acertar talvez seja uma das maiores falhas humanas e se enraíza tanto que se torna parte de nossa personalidade. Principalmente pra quem já quebrou a cara algumas vezes, acertar é algo muito mais desafiante e misterioso do que errar, afinal, já sabemos o que vai acontecer se der tudo errado. Querer uma coisa e escolher outra é escolher o erro; e escolher errar é mais seguro do que escolher acertar. Pior do que o medo de errar; é o medo de acertar.
Acertar envolve luta, coragem, determinação, vontade. Acertar é algo desgastante! Já errar é simples, basta fingir que você não queria acertar. A força do momento também favorece a escolha do erro, já que diante de um desafio a possibilidade de fugir torna-se agradável para muitos. Mas não dá pra fugir dessas escolhas, por que no final a consciência vai pesar! Não dá pra ignorar todos seus desejos e fingir que está tudo bem, pois ainda que você engane o mundo inteiro jamais enganará a si mesmo. Não dá pra fingir pra si mesmo, todos nós sabemos o que realmente queremos. E ainda assim temos medo de acertar.
Superar a si mesmo é um dos maiores desafios que já ví, é a maior prova de coragem já criada. Essa imprudência saudável talvez seja o fator que difere gênios de pessoas comuns. Muito diferente de agir de modo impensado, essa fé cega é como um bomba estourando dentro de você que elimina qualquer pressão externa e te força a escolher, lutar e alcançar aquilo que realmente se deseja. É a vontade pura e realizada: a maior fonte de satisfação que se pode ter.
Fenômeno que deveria ser incorporado em cada escolha que fazemos, assim eliminando as insatisfações ou sentimentos angustiados que nós perseguem por largos períodos de tempo.
O fator aleatório da vida pode nos conceder nossos desejos, claro, mas ficar sentado esperando que isso aconteça se é que vai acontecer, não é tirar proveito de nossa capacidade.
Se enganar não é algo que você vai conseguir fazer, por isso use da sua capacidade pra não ter arrependimentos. O prolongamento desse processo não é nada agradável e depois de começado não costuma ser evitável.

domingo, 4 de setembro de 2011

Quem vive de migalhas

Engraçado como certas pessoas passam grande parte de sua vida se contentando com uma pequena parte do que lhe é oferecido, não de forma espontânea, mas porque muitas vezes a vida as obriga a isso, se contentando com as migalhas que lhe são oferecidas. No trabalho, na família nas relações que se estabelecem, acabam aceitando uma situação em que não são o ator principal, mas um pequeno coadjuvante que esta ali,sem saber bem porque algumas vezes, viver apenas metade da historia.
A questão do acostumar-se com o pouco ou quase nada acaba com nossa autoestima e com o tempo vamos achando que é isso o que merecemos. Migalhas dos amigos que fingem prestar atenção, migalhas dos parentes que nunca ouvem, migalhas daquela pessoa que nunca lhe telefona. Aquele que se contenta em viver relações paralelas ou que não tem condições de se abrir e viver uma história por inteiro não vive e não deixa viver. Correto que ninguém é 100 por cento feliz! Mas podemos viver dessa maneira? Mendigos ambulantes, à espreita do que ira sobrar?
Em nossas relações do dia-a-dia precisamos ser mais do que somos. Temos que fugir superficial, do personagem que sempre incorporamos, nos acostumamos tanto a essa representação que acabamos por esquecer quem de fato somos e agir de forma diferente do que deveríamos ou do que somos apenas por um pouco de atenção ou carinho! Quem se contenta com migalhas não tem a percepção real do seu valor, nem maturidade emocional suficiente. Se mantendo em uma posição de " coitadinho", sempre assumindo uma culpa que não é totalmente dela, quando os problemas surgem. Claro que grande parte da culpa e dela, me parece que mais que tudo pessoas assim tem prazer em viver de culpas e não assumir com firmeza a direção de sua vida.
Podemos ser diferente? Sim com certeza! Mas, todo caminho demanda uma decisão, uma escolha. Depois, no nosso tempo, e só caminhar fazer escolhas acertadas, romper com o que nos torna cegos à vida, reagir a altura aos que tentam, nos impingir suas soluções ou suas necessidades, muitas vezes seremos a pessoa ruim e dificil, melhor assim que viver das migalhas que nos atiram.
Não se contente com migalhas, vá atrás do que lhe pertence por direito. Todos nós merecemos ser plenamente felizes, ser quem realmente somos e descobrirmos o NOSSO verdadeiro prazer em viver.

sábado, 3 de setembro de 2011

Relações reais











As relações reais tendem mais a se modificar do que a se manterem estáticas. É por isso que é eficaz permitir-me ser o que se é. Saber quando se aproxima dos limites da resistência ou da tolerância e aceitar isso como um fato; saber quando se deseja moldar ou manipular as pessoas e reconhecer isso como um fato. Ser capaz de aceitar esses sentimentos como aceitamos os sentimentos de entusiasmo, de interesse, de compreensão, que também são uma parte muito real de todos. É unicamente quando aceitamos todas essas atitudes como um fato, como uma parte nossa, que nossas relações com as outras pessoas se tornam o que são e podem crescer e transformar-se com maior facilidade.