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terça-feira, 10 de maio de 2011

Características da doença na sociedade

Uma sociedade não se torna doente ou problemática, e até insuportável, do dia para a noite, é algo promovido por, pelo menos, uma geração, caracterizada por várias omissões. E quais seriam essas omissões?

1º Tolerar líderes com baixa sensibilidade social, ou seja, políticos comprometidos com o imediatismo do politicamente correto, com os acordos políticos e calendários eleitorais, com a aparência de seu governo e não a eficiência do Estado. Inclui-se a corrupção e incontáveis falsidades estratégicas que também garantem a manutenção da desordem invisível que mantém falsos líderes no poder. Ausência de moral política regada a mordomias e privilégios da oligarquia frente aos muitos miseráveis da nação, geralmente sugada por impostos. 

2º Desvalorização geral da importância do Conhecimento. Em outras palavras, a Educação não tem utilidade para algo mais além da necessidade profissional. O conhecimento que transforma pessoas comuns em seres humanos especiais, melhores, é dispensável, indiferente, até inútil e ridicularizada pela maioria na sociedade. Nada de filosofar, de refletir, de sensibilizar, de aprofundar e questionar amplamente e produtivamente a si mesmo, a vida e a sua realidade.

3º Contexto onde as religiões imperam como sendo a solução para todos os problemas e incompreensões pessoais e sociais . Os “caminhos para Deus” servem na verdade como um “esconderijo seguro” frente às verdadeiras atitudes as quais se deveriam tomar para se manifestar conscientemente a gravidade da situação.

4º Imprensa indiferente ou inexpressiva frente a valores morais ou ideais cívicos. Geralmente mantenedoras do conservadorismo da situação que gera o seu cômodo “ganha-pão”. São os veículos de comunicação de massa, geralmente grandes redes de televisão aberta aparelhadas como ferramentas de alienação e manipulação social, de estagnação da consciência da maioria, uma espécie de filtro que omite questionamentos aos quais levariam a população a se indignar frente a situações incoerentes. Resumindo: jornalistas apenas “informam” e não fazem distinção de valores, não motivam causa alguma para uma sociedade mais promissora. A preocupação básica é com a audiência suficiente para mantê-los empregados. Estimula-se a sociedade do medo e não da transformação.

5ª Elites fechadas e acomodadas aos seus interesses. Uma espécie de egoísmo discreto da minoria mais privilegiada da sociedade. São aquelas pessoas “abastadas” por ganhos financeiros melhores, e também por aquelas outras com um poder de compreensão melhor (formação intelectual), mas que ao invés de procurarem melhorar o agregado social altruisticamente, buscam formas de auferirem benefícios pessoais da mesma. Não agregam nada se não tomarem.

Os 5 pilares citados se relacionam e respondem por todo o azar e inúmeras injustiças sociais que presenciamos e achamos mais fácil pensar que não há solução. Há um intercâmbio sutil de interesses econômicos entre eles e entre nós.

Imparciais intelectuais colocam em xeque todo o sistema ao qual sabemos que a sociedade está viciada para não evoluir com todo o seu nobre potencial. Nada acontece por acaso e tudo começa aí, em você, que pode ser mais um anônimo doente social. Afinal, como vai o seu papel social?

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