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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Processo de perda

Nascemos independentes da nossa vontade. Mas a vida tem seu encanto. E Muitas vezes nos encanta. E vamos assim, não importa nossa idade, desbravando novamente a vida. Tudo pode ter um fim. Mas todo fim pode ser um recomeço.
A intensidade e o tempo que vivemos nossas perdas seja um emprego, a ruptura de uma amizade, a separação de um amor ou a morte de um ente querido dependera de uma série de fatores. Vão desde nossas características psíquicas e passa pela qualidade do relacionamento que temos em relação ao que perdemos, o suporte que o meio social nos da ou nosso histórico de perdas anteriores.
Chamamos de processo de luto a reação à perda, o enfrentamento das etapas desse período. Dentre as fases comuns que as pessoas atravessam, temos: o choque ou torpor, a fase de anseio ou raiva; a desorganização e depressão, e por fim, a reorganização ou aceitação, quando é possível retomar projetos, novas relações, lidar com a dor da perda de uma forma mais serena. É importante destacar a alternância dessas fases, bem como a normalidade da presença de sentimentos como solidão, angústia, falta de interesse pela vida, sentimentos de culpa, além de sentimentos físicos como, falta de ar, falta ou excesso de apetite, insônia, fadiga, aperto no peito.
De uma forma geral, o luto é um processo de longo prazo que pode variar de acordo com as características de cada pessoa. Após este período, é esperado que a dor mais intensa diminua e que a pessoa consiga retomar suas atividades. Mas, no caso das perdas inesperadas, a dor é infinitamente maior e a elaboração da perda é lenta e muito mais sofrida, o que favorece um luto complicado ou patológico. É comum as pessoas se afogarem na imensidão da dor, guardando eternamente sentimentos de raiva, indignação e culpa, questionando a justiça dos homens e a de Deus, abandonando sua vida em vida.
A possibilidade que permite seguir a vida passa pelo enfrentamento da dor e das etapas seguintes. É preciso compartilhar a dor com a família, amigos, grupos com quem convivemos ou pessoas vivendo situações semelhantes, para que se possa aprender a conviver com a perda. Percebendo que outros possuem problemas semelhantes, percebemos que também existe a possibilidade de sobreviver a este problema.  
Reinvestir em nossa própria vida, retornar ao caminho, buscar objetivos concretos, nos tira do processo da apatia e muitas vezes culpa durante o processo de vivencia de nossas perdas, somente percebendo que nem tudo vai embora e mas que sempre fica algo de bom, mesmo que mínimo quando se perde algo, devemos entender que perder faz parte da vida, um  jogo em que se ganha umas se perde outras mas cujo objetivo maior e nos tornar mais conscientes de nossos caminhos, e torna-lo na medida do possível mais justo para nos e para aqueles com quem convivemos.

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