Carl Rogers, Psicólogo, pesquisador, clinico e terapeuta Americano, coloca a pessoa como artífice da própria mudança e capaz de ver dentro dela os próprios valores e conquista: onde somos os agentes de nós mesmos. Rogers diz: ”As pessoas devem derrubar as falsas frentes, ou as máscaras, ou os papéis, com os quais encarou a vida.”. Rogers fez severas oposições aos conceitos deterministas de ser humano, buscando fundamentar-se nas Filosofias Humanistas Existenciais e utilizando-se do método fenomenológico de pesquisa. Para Roger, cada pessoa possui em si mesmo as respostas para as suas inquietações e a habilidade necessária para resolver os seus problemas. Por isso, o sentimento de pena e o determinismo seriam maneiras de negar a capacidade de realização de cada indivíduo.
Rogers se opôs à teoria de B.F.Skinner de que a personalidade do homem seria moldada pelo meio por meio de condicionamentos operantes. Para Rogers todos os homens são bons na sua essência, e que todo o aprendizado deveria ser organizado no sentido do indivíduo para o meio, e não o contrário. Neste sentido, ele nos diz: “A Questão é saber se podemos permitir que o conhecimento se organize no e pelo indivíduo, em vez de ser organizado para o indivíduo.”
Infelizmente na maioria das instituições em que convivemos ou ate em alguns de nossos relacionamentos fica difícil esta questão se ser valorizada, na maioria das vezes o processo já chega pronto ao individuo que tem somente como opção aceita-lo. Muitas vezes o individuo é induzido a um papel de meramente obedecer e repetir aquilo que ficou estabelecido, sem seu questionar, raciocinar e aprender, isso impede o individuo de se tornar na consciência aquilo que é na experiência. Onde terá coragem de tirar as próprias máscaras é assumir verdadeiramente os papéis na vida e não representar papéis em um palco de ilusões.
Na terapia como na vida o desenvolvimento humano deveria ser focado na não-diretividade e na consideração positiva acerca das pessoas. Para Rogers, todo mundo tem dentro de si uma tendência à auto realização, que o impulsiona para um processo de bem estar, e o afasta da patologia. A não diretividade refere-se à busca do equilíbrio pela própria pessoa, sem ser conduzida, o que convenhamos hoje em dia e uma coisa muito difícil de ser ver, somos conduzidos muitas vezes a pensar de acordo com critérios que não necessariamente estão de acordo com os nosso, ou a agir de forma diferente daquela que imaginamos ser corretas. No fundo tudo caminha para uma pasteurização geral, onde todos tendem a pensar da mesma forma, agir do mesmo jeito, consumirem as mesmas coisas, etc.. Onde o critério de pessoa foi abandonado em função de um melhor controle pela máquina social.
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