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domingo, 17 de abril de 2011

Feedback e empatia

Todos nós sabemos quais são os dois propósitos principais da comunicação:
- Proporcionar informação para que as pessoas possam conduzir-se nas suas tarefas;
- Proporcionar atitudes que promovam motivação, cooperação e satisfação nos clientes internos e externos.
Também sabemos que na comunicação interpessoal, apenas uma pequena parte da nossa mensagem é comunicada por meio de palavras. Assim, a composição da comunicação interpessoal é:
- 7% fala;
- 33% musicalidade e entonação;
- 60% comportamento.

Portanto, quando vamos dar ou receber feedback, utilizamos nossa habilidade de comunicação interpessoal, tendo como base nossos objetivos. Assim, dar feedback a uma pessoa significa fornecer-lhe informações sobre como sua atuação está afetando outras pessoas. Receber ou buscar feedback consiste em solicitar e receber reações dos outros, em termos verbais ou não-verbais, para conhecer  como o seu comportamento está afetando os outros, isto é, ver-se com olhos dos outros.

O processo de dar e receber feedback, enfatiza dois processos principais que regulam o fluxo interpessoal - eu-outros:
- Busca de feedback;
- Auto exposição.

Carl Rogers no seu livro De pessoa para pessoa, descreve três qualidades fundamentais, que são aplicadas no processo de dar e receber feedback: congruência (autenticidade), empatia e  consideração positiva.
Rogers acredita que o “crescimento pessoal é facilitado quando a relação é autêntica, sem “máscara” ou fachada, e apresenta abertamente os sentimentos e atitudes que nele surgem naquele momento”. Isto é, congruência ou autenticidade. A segunda qualidade é a empatia. A terceira qualidade é a consideração positiva, a respeito do outro, quando se apresenta uma atitude afetuosa, positiva e de aceitação em relação ao outro, valorizando-o como pessoa, aceitando-o com suas potencialidades e limitações.

Empatia - arma poderosa
A empatia é a ferramenta para conhecermos os outros. Quando nos colocamos no lugar do outro, podemos ser sentir e olhar o mundo do ponto de vista alheio. Significa deixar de pensar em nós e pensar como o outro pensaria. A empatia só ocorre quando o alguem alcança um grau de objetividade tal que lhe permita afastar-se de seu mundo subjetivo para colocar-se dentro do outro, sem misturar o seu interior ao da outra pessoa. Não havendo objetividade, teremos ao invés da empatia, o envolvimento emocional e consequentemente, uma visão deturpada daquilo que se pensa ser o mundo interior do outro.
Condições elementares à empatia

A empatia é um fenômeno de percepção profundamente objetivo, difere da simpatia e da antipatia, pois nestas existe um elemento emocional que torna preconceituosa a nossa visão da realidade da outra pessoa. Na simpatia respondemos afetivamente a traços que o outro apresenta e que correspondem a elementos que apreciamos em nós mesmos ou que desejamos para nós. Na antipatia, agredimos no outros elementos de nosso interior que nos desagradam, que não podemos aceitar.

A humildade está na raiz da empatia. Se o indivíduo se colocar empaticamente no lugar do outro vai entender que suas necessidades são iguais como seres humanos, apesar das diferenças individuais que os tornam únicos e singulares. Em última análise, o conhecimento empático dos colaboradores por parte dos gestores redunda em maior eficiência e na redução significativa de tarefas mal feitas. Havendo empatia na equipe é possível prever-se o que cada um pode realizar e, assim, organizarem-se planos com metas que serão respeitadas.

Algumas dicas sobre objetividade
O que é? É ver a realidade externa como ela é independente das minhas emoções ou de como eu gostaria que fosse. Perceber as coisas e atuar sem envolvimento emocional. Isto não significa estar frio ou ausente do que está acontecendo, mas sim, dar-se conta da emoção e separar claramente o seu mundo interno e a realidade externa e o que ali ocorre objetivamente.

A atitude objetiva é um lento processo de aprendizado mental, para o qual necessitamos de atenção constante para que ele atue o mais frequentemente possível.

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